A capa da Veja desta semana lançou uma cortina de fumaça para tentar esconder o espírito da redação, flagrado na capa ao lado.
A revista que sempre esteve no ataque reage como George Foreman, quando Muhammad Ali parou de recuar e passou a golpeá-lo: atônita, trôpega, à espera do nocaute.
O golpe já foi desferido pelo Azenha, em excelente post, do qual reproduzo trechos a seguir, embora recomende a leitura do texto integral aqui.
Azenha comenta e critica a defesa que Veja faz de seus métodos, e repete texto da revista que se associou ao crime:
Sobre esse auto-indulto Azenha escreve:
Corram ao texto do Azenha a vamos pressionar para que a CPI do Cachoeira desmascare e revele de vez as ligações espúrias entre a mídia golpista e o submundo da arapongagem e do crime.
A revista que sempre esteve no ataque reage como George Foreman, quando Muhammad Ali parou de recuar e passou a golpeá-lo: atônita, trôpega, à espera do nocaute.
O golpe já foi desferido pelo Azenha, em excelente post, do qual reproduzo trechos a seguir, embora recomende a leitura do texto integral aqui.
Azenha comenta e critica a defesa que Veja faz de seus métodos, e repete texto da revista que se associou ao crime:
Veja: Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico. Disso sabem os promotores que, valendo-se do mecanismo da delação premiada, obtêm informações valiosas de um criminoso, oferecendo-lhe em troca recompensas como o abrandamento da pena.
Sobre esse auto-indulto Azenha escreve:
O repórter que lida com alguém envolvido em um ato de corrupção sabe, antecipadamente e sem qualquer dúvida, que a informação passada por alguém que cometeu um ato de corrupção atende aos interesses de quem cometeu o ato de corrupção. Isso, sim, é claro, não que as informações sejam necessariamente verdadeiras.
O repórter sabe também que, se os leitores souberem que a informação vem de alguém que cometeu um ato de corrupção, imediatamente perde parte de sua credibilidade. Não é por acaso que Carlinhos Cachoeira, o bicheiro, se transformou em “empresário do ramo de jogos”.
É por saber que ele era um “mau cidadão” que a revista escondeu de seus leitores que usava informações vindas dele. Era uma fonte inconfessável.
Não foi por acaso que Rubnei Quicoli, o ex-presidiário, foi apresentado como “empresário” pela mídia corporativa quando atendia a determinados interesses políticos em plena campanha eleitoral. A mídia corporativa pode torturar a lógica, mas jamais vai confessar que atende a determinados interesses políticos.
Carlinhos Cachoeira não é, convenhamos, nenhum desconhecido no submundo do crime. Vamos admitir que um repórter seja usado por ele uma vez. Mas o que dizer de um repórter usado durante dez anos, por uma fonte que ele sabe ser bandida?
Corram ao texto do Azenha a vamos pressionar para que a CPI do Cachoeira desmascare e revele de vez as ligações espúrias entre a mídia golpista e o submundo da arapongagem e do crime.