Na contramão do Brasil e a serviço dos bancos, O Globo fabrica crise entre Febraban e governo. Pior para os bancos
Mantendo sua tradicional postura a favor do mercado e contra qualquer política de governo em favor dos mais pobres, O Globo ontem lançou manchete tentando criar uma crise entre governo e bancos. Sua manchete, reproduzida ao lado, foi "Bancos reagem a Dilma e não garantem crédito maior".
Houve alguma declaração da Febraban ou dos bancos ou mesmo de algum banco nesse sentido? Não. A reportagem do jornal feita a partir da manchete retrata isso. Tudo se baseou num relatório produzido pelo economista-chefe da federação:
Como se vê, não há reação alguma feita pelos bancos. Tudo ficaria por aí se O Globo não tivesse puxado o relatório para sua capa com uma manchete agressiva, dizendo que os bancos estavam reagindo ao governo.
Pior para os bancos. A presidenta, segundo contam, não teria ficado nem um pouco satisfeita e exigiu uma retratação da Febraban. E que fosse feita por escrito. A Febraban concordou e a nota foi emitida na tarde de ontem. Trecho (o destaque em negrito é meu):
Hoje, com o rabo entre as pernas, olha onde foi parar a manchete de ontem. Num cantinho envergonhado, com a retratação dos bancos, que, na verdade, deveria ser a retração de O Globo, que, na ânsia de agradar seus patrocinadores, quis ser mais realista que o rei e quebrou a cara.
O Brasil segue em frente, apesar das cascas de banana das Organizações Globo.
Houve alguma declaração da Febraban ou dos bancos ou mesmo de algum banco nesse sentido? Não. A reportagem do jornal feita a partir da manchete retrata isso. Tudo se baseou num relatório produzido pelo economista-chefe da federação:
Intitulado "Informativo Semanal de Economia Bancária", o relatório é o resultado de uma consulta feita pela própria Febraban junto aos bancos sobre as principais estimativas dos bancos. No texto divulgado ontem, não há menção sobre a pressão do governo. O texto de Sardenberg diz que "a mudança nas regras da poupança funcionou como estímulo adicional para o mercado trabalhar com a expectativa de novos cortes na Selic". Mas, em seguida, pondera que a "questão que se coloca agora é até que ponto essas reduções (de juros e da remuneração da poupança) vão estimular a ampliação da oferta de crédito". Para a Febraban, o país vive hoje um paradoxo econômico, que funciona como obstáculo para os objetivos do Planalto. "A piora dos indicadores, especialmente os externos, abre espaço para quedas adicionais dos juros básicos, mas ao mesmo tempo parece impor uma cautela adicional aos agentes econômicos" [íntegra aqui].
Como se vê, não há reação alguma feita pelos bancos. Tudo ficaria por aí se O Globo não tivesse puxado o relatório para sua capa com uma manchete agressiva, dizendo que os bancos estavam reagindo ao governo.
Pior para os bancos. A presidenta, segundo contam, não teria ficado nem um pouco satisfeita e exigiu uma retratação da Febraban. E que fosse feita por escrito. A Febraban concordou e a nota foi emitida na tarde de ontem. Trecho (o destaque em negrito é meu):
A Diretoria de Economia da FEBRABAN produz o Informativo Semanal de Economia Bancária-Iseb há quatro anos. A edição de nº 140, divulgada na segunda-feira dia 7 de maio, trouxe uma análise da conjuntura do mercado de crédito baseada em dados e estatísticas públicos e na pesquisa sobre expectativas e projeções e opiniões dos analistas, que não podem ser interpretados como um posicionamento oficial da entidade ou de seus associados. [íntegra aqui]
Hoje, com o rabo entre as pernas, olha onde foi parar a manchete de ontem. Num cantinho envergonhado, com a retratação dos bancos, que, na verdade, deveria ser a retração de O Globo, que, na ânsia de agradar seus patrocinadores, quis ser mais realista que o rei e quebrou a cara.
O Brasil segue em frente, apesar das cascas de banana das Organizações Globo.