Polícias Civil do Rio e Federal pedem à Globo fitas do Fantástico com denúncias de corrupção. Globo diz que apagou
Lembra aquela reportagem do Fantástico do mês passado em que funcionários e até donos de empresas eram pegos numa pegadinha do repórter que se fazia passar por diretor de hospital fazendo licitação?
Lembra que a reportagem mostrava como eram corruptos e acenavam com comissões para o diretor-repórter?
Pois as Polícias Civil do Rio e Federal pediram à emissora o material bruto (todas as fitas com a íntegra das gravações) da reportagem, e não apenas o material editado que foi ao ar, e a Rede Globo disse que não mantém em arquivo as fitas brutas das imagens, mas apenas o que vai ao ar.
Ou seja, tudo aquilo pode ter sido uma grande farsa montada pela emissora. Vou mostrar como, simulando Repórter (R) e emissário de empresa (E).
Se a íntegra do diálogo entre os dois foi assim:
Etc, etc...
Agora, vamos para a edição: o que seria cortado do diálogo e o que iria ao ar. Vou usar aqui as frases do Emissário (que poderia ser você, leitor, você, leitora), que estão em negrito acima:
A diferença entre o que aconteceu e o que foi ao ar é gritante. O que o suposto Repórter e o suposto Emissário conversaram foi uma coisa. O Emissário da empresa disse que NÃO pagava propinas. Mas, estimulado pelo Repórter, disse que sabia do esquema feito por algumas pessoas, e o reproduziu, fazendo-se passar por um dos corruptores.
O que teria ido ao ar nesse exemplo que criei, incrimina o Emissário, mostra-o como se estivesse oferecendo comissão, o que ele não fez e disse que não fazia.
Voltando ao nosso mundo real, e saindo do mundo Fantástico, suponha que você tenha sido o Emissário, a Emissária atingido(a) pela reportagem. O Brasil inteiro, a partir daquele domingo, o (a) viu como um(a) corrupto(a) fdp.
E o que você alegaria em sua defesa? Que não disse aquilo, que suas palavras foram truncadas, editadas.
Mas, como provar? Pedindo o material bruto, não editado pela Globo, à emissora...
Pois eles dizem que apagam. Divulgam (ou difamam) sua imagem, e depois alegam, com a maior cara de pau, que não mantêm em arquivo o material bruto.
Processo neles, pessoal.
Lembra que a reportagem mostrava como eram corruptos e acenavam com comissões para o diretor-repórter?
Pois as Polícias Civil do Rio e Federal pediram à emissora o material bruto (todas as fitas com a íntegra das gravações) da reportagem, e não apenas o material editado que foi ao ar, e a Rede Globo disse que não mantém em arquivo as fitas brutas das imagens, mas apenas o que vai ao ar.
Ou seja, tudo aquilo pode ter sido uma grande farsa montada pela emissora. Vou mostrar como, simulando Repórter (R) e emissário de empresa (E).
Se a íntegra do diálogo entre os dois foi assim:
R - Mas vocês não têm assim um esquema, um agrado, uma comissão para o comprador?
E - Não.
R - Mas sabe que existem pessoas que agem assim, não sabe?
E - Sei.
R - Cá entre nós, como isso é feito?
E - Não sei. A gente ouve falar.
R - Seria como? Na mão grande, a pessoa oferece?
E - É... Eles dizem assim "olha, nós podemos fazer o preço de acordo com sua comissão. Pode ser 15, 20%"...
R - Chega a ser tanto assim?
E - Em algumas concorrências, sim.
R - Mas, como é que falariam pra mim. Vamos supor, você...
E - "Olha, a gente pode trabalhar com a sua faixa... Se quer 20% a gente dá. O importante é o cliente ficar satisfeito"...
Etc, etc...
Agora, vamos para a edição: o que seria cortado do diálogo e o que iria ao ar. Vou usar aqui as frases do Emissário (que poderia ser você, leitor, você, leitora), que estão em negrito acima:
E - Olha, nós podemos fazer o preço de acordo com sua comissão. Pode ser 15, 20%. Se quer 20% a gente dá. O importante é o cliente ficar satisfeito.
A diferença entre o que aconteceu e o que foi ao ar é gritante. O que o suposto Repórter e o suposto Emissário conversaram foi uma coisa. O Emissário da empresa disse que NÃO pagava propinas. Mas, estimulado pelo Repórter, disse que sabia do esquema feito por algumas pessoas, e o reproduziu, fazendo-se passar por um dos corruptores.
O que teria ido ao ar nesse exemplo que criei, incrimina o Emissário, mostra-o como se estivesse oferecendo comissão, o que ele não fez e disse que não fazia.
Voltando ao nosso mundo real, e saindo do mundo Fantástico, suponha que você tenha sido o Emissário, a Emissária atingido(a) pela reportagem. O Brasil inteiro, a partir daquele domingo, o (a) viu como um(a) corrupto(a) fdp.
E o que você alegaria em sua defesa? Que não disse aquilo, que suas palavras foram truncadas, editadas.
Mas, como provar? Pedindo o material bruto, não editado pela Globo, à emissora...
Pois eles dizem que apagam. Divulgam (ou difamam) sua imagem, e depois alegam, com a maior cara de pau, que não mantêm em arquivo o material bruto.
Processo neles, pessoal.