Após digerir o impacto que causou a foto - ou melhor - A FOTO (que não vou publicar aqui) em que o presidente Lula coloca sofregamente a mão no ombro de Maluf, enquanto este faz um gesto de positivo com o polegar, tendo um Haddad desconcertado entre os dois, resolvi dar meu pitaco no assunto que está fazendo a glória da mídia serrista: o PT teria se rendido e o presidente Lula se submeteu a ir à casa de Maluf pela primeira vez na vida, a fim de obter o apoio do PP para a campanha de Haddad à prefeitura de São Paulo.
Tudo, segundo os "analistas" da mídia serrista, por um minuto e meio a mais de propaganda no horário eleitoral. Ou três minutos, se raciocinarmos que o minuto e meio iria para Serra.
Juntou-se a isso uma notícia divulgada pela Veja (a Veja?!) que teria conseguido uma entrevista exclusiva com Erundina, em que a nossa brava deputada teria afirmado que com Maluf ela sairia da campanha.
A notícia se espalhou e hoje está na primeira página, até como manchete, de alguns dos principais jornais do Brasil. (Eu, que não acredito na Veja, como não vi declaração alguma de Erundina, duvido).
Mas, vamos abordar o efeito Maluf por outro ângulo, além da boa notícia de termos mais tempo eleitoral e tê-lo retirado de Serra.
Serra teria ficado furioso com a ida de Maluf para a campanha de Haddad. Pior: coloca a conta no ombro de Alckmin (é importante lembrar que o PP de Maluf é da base do governo federal, mas também é da base de Alckmin em São Paulo).
Segundo Serra, Alckmin não teria se esforçado para trazer Maluf (ou seja, não ofereceu o que o PP queria) para a campanha de Serra, e mais: teria fechado um acordo com Maluf para 2014.
Foi quando me lembrei de uma postagem minha de fevereiro deste ano, que reproduzo a seguir:
Aí o minuto e meio de propaganda (na verdade, três) fica em outra perspectiva diante de um racha na campanha tucana.
O presidente Lula ainda está se recuperando do desgastante tratamento para um câncer, de que finalmente está curado. Mas, para tanto, Lula perdeu a barba, o cabelo, sofreu com quimio e radioterapia.
Foi um duro e penoso tratamento que o ensinou que para eliminar o nocivo, às vezes o remédio é amargo e quase insuportável. Mas se tem que ser feito, que o seja.
E levou o tratamento para a campanha de Haddad, se é que me entendem.
Tudo, segundo os "analistas" da mídia serrista, por um minuto e meio a mais de propaganda no horário eleitoral. Ou três minutos, se raciocinarmos que o minuto e meio iria para Serra.
Juntou-se a isso uma notícia divulgada pela Veja (a Veja?!) que teria conseguido uma entrevista exclusiva com Erundina, em que a nossa brava deputada teria afirmado que com Maluf ela sairia da campanha.
A notícia se espalhou e hoje está na primeira página, até como manchete, de alguns dos principais jornais do Brasil. (Eu, que não acredito na Veja, como não vi declaração alguma de Erundina, duvido).
Mas, vamos abordar o efeito Maluf por outro ângulo, além da boa notícia de termos mais tempo eleitoral e tê-lo retirado de Serra.
Serra teria ficado furioso com a ida de Maluf para a campanha de Haddad. Pior: coloca a conta no ombro de Alckmin (é importante lembrar que o PP de Maluf é da base do governo federal, mas também é da base de Alckmin em São Paulo).
Segundo Serra, Alckmin não teria se esforçado para trazer Maluf (ou seja, não ofereceu o que o PP queria) para a campanha de Serra, e mais: teria fechado um acordo com Maluf para 2014.
Segundo aliados, que pedem reserva quanto a seus nomes, Serra está "muito irritado" com o governador, que havia garantido o apoio do PP à candidatura tucana. "Serra acha que Alckmin acertou com Maluf para 2014 e não se esforçou muito, digamos assim, para este ano", explica um dirigente do PSDB paulistano. "Ele (Serra) acredita que Alckmin deixou Maluf escapar, não segurou o PSB, e ainda teve a história do PR… o PR foi Kassab que trouxe", completa.
Foi quando me lembrei de uma postagem minha de fevereiro deste ano, que reproduzo a seguir:
Apoio de Alckmin à campanha de Serra para a prefeitura de São Paulo foi planejado num almoço solitário há 4 anos
A foto acima mostra o governador Geraldo Pinheirinho Alckmin almoçando sozinho, um dia antes da eleição que reconduziu Kassab à prefeitura de São Paulo, em 2008. Alckmin era o candidato do PSDB (partido do governador de SP na época, José Serra). Ficou em terceiro lugar, atrás de Kassab e Marta Suplicy.
Uma posição humilhante para quem vinha de uma campanha presidencial há dois anos, em que foi ao segundo turno com o presidente mais popular do Brasil, Lula. Isso aconteceu porque o governador Serra ignorou sua campanha e apoiou a reeleição de Kassab.
Enquanto almoçava solitariamente, há quatro anos, Alckmin não poderia imaginar que o destino o colocaria agora na posição de dar o troco e devolver a Serra o "apoio" de 2008.
Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Nelson Rodrigues dizia que a pior solidão é a companhia de um paulista. Imagine esse almoço de um paulista solitário. Como deve estar frio agora, passados quatro anos.
Aí o minuto e meio de propaganda (na verdade, três) fica em outra perspectiva diante de um racha na campanha tucana.
O presidente Lula ainda está se recuperando do desgastante tratamento para um câncer, de que finalmente está curado. Mas, para tanto, Lula perdeu a barba, o cabelo, sofreu com quimio e radioterapia.
Foi um duro e penoso tratamento que o ensinou que para eliminar o nocivo, às vezes o remédio é amargo e quase insuportável. Mas se tem que ser feito, que o seja.
E levou o tratamento para a campanha de Haddad, se é que me entendem.