A campanha de Serra vem se desintegrando sozinha, desde que o tucano se lançou candidato à prefeitura de São Paulo. A única coisa que cresce é a rejeição a seu nome, não só pelo desgaste do material, mas também porque o paulistano sabe que ele é o culpado de Kassab estar à frente da prefeitura.
As pesquisas mostram que a administração Kassab é reprovada (ruim/péssima) por 43% dos paulistanos e 80% deles querem mudança. E que eles sabem que Kassab é Serra e Serra é Kassab.
Informações recentes do tracking das duas campanhas (PT e PSDB) já colocam Serra com em torno de 20% de votos, mostrando uma queda vertiginosa rumo ao fundo do poço.
A campanha de Haddad na TV é avassaladora. Mostra em imagem, som e edição primorosos uma candidatura dinâmica, arrojada, disposta a trabalhar. Uma candidatura com tesão.
Já Serra parece cansado, com um sorriso falso colado à boca, repetindo a mesma ladainha da Mooca, o mesmo trololó, um ranço de passado.
Campanha política é uma guerra de pautas. Não há dúvida de que a campanha de Haddad está impondo a sua, o que coloca a campanha de Serra na defensiva, no contra-ataque.
Único recurso que resta a Serra é sua especialidade, a baixaria, tentar ligar Haddad ao mensalão (como a ridícula história do bilhete mensaleiro, que - não sei por que - tem petista repercutindo).
Ou - aqui entra meu raciocínio - puxar Marta para dançar a valsa dos desesperados com ele. Ignorar Haddad, centrar fogo em Marta e tentar colar a rejeição dela nele.
Para isso podem contribuir o temperamento explosivo de Marta e o ressentimento de ter sido preterida na escolha do candidato petista à prefeitura.
A entrada dela somente agora na campanha, saudada por muitos, tem um lado B. Finalmente a campanha de Haddad começa a mostrar-se viável (como Lula sempre acreditou) e, sejamos francos, Haddad prefeito sem o apoio de Marta, o que restaria a ela? É assim que vejo essa sua entrada tardia.
Se ela foi recebida por Lula, que a teria convencido a participar, como afirmam, as pesquisas internas devem mostrar que sua presença é importante para boa parte da militância petista e em certas áreas da cidade. Mas há o reverso da medalha, a rejeição em outras.
A mídia é tucana, e, em muitos casos, mais serrista que tucana. Cascas de banana serão atiradas no caminho de Marta. Provocações para repercutir declarações de Serra.
Atendendo a pedido da campanha tucana, os jornalões paulistas podem passar a dar a ela quase que um papel de candidata, reservando a Haddad o de coadjuvante. O que Marta acha disso, o que acha daquilo.
O programa de Serra centra fogo nela. O festival de baixarias característico do adversário faz o resto.
Nesse cenário, o novo sairia de cena e ficaria uma disputa que já houve, entre Marta e Serra.
Que Marta seja bem-vinda e cumpra na campanha o papel reservado a ela pela candidatura petista e não pelo adversário. Ela deve ignorar Serra, enaltecer Haddad, lembrar das coisas boas de sua administração, e deixar a campanha de Serra continuar como está, em queda livre, sem a boia de salvação que ela pode vir a ser.
As pesquisas mostram que a administração Kassab é reprovada (ruim/péssima) por 43% dos paulistanos e 80% deles querem mudança. E que eles sabem que Kassab é Serra e Serra é Kassab.
Informações recentes do tracking das duas campanhas (PT e PSDB) já colocam Serra com em torno de 20% de votos, mostrando uma queda vertiginosa rumo ao fundo do poço.
A campanha de Haddad na TV é avassaladora. Mostra em imagem, som e edição primorosos uma candidatura dinâmica, arrojada, disposta a trabalhar. Uma candidatura com tesão.
Já Serra parece cansado, com um sorriso falso colado à boca, repetindo a mesma ladainha da Mooca, o mesmo trololó, um ranço de passado.
Campanha política é uma guerra de pautas. Não há dúvida de que a campanha de Haddad está impondo a sua, o que coloca a campanha de Serra na defensiva, no contra-ataque.
Único recurso que resta a Serra é sua especialidade, a baixaria, tentar ligar Haddad ao mensalão (como a ridícula história do bilhete mensaleiro, que - não sei por que - tem petista repercutindo).
Ou - aqui entra meu raciocínio - puxar Marta para dançar a valsa dos desesperados com ele. Ignorar Haddad, centrar fogo em Marta e tentar colar a rejeição dela nele.
Para isso podem contribuir o temperamento explosivo de Marta e o ressentimento de ter sido preterida na escolha do candidato petista à prefeitura.
A entrada dela somente agora na campanha, saudada por muitos, tem um lado B. Finalmente a campanha de Haddad começa a mostrar-se viável (como Lula sempre acreditou) e, sejamos francos, Haddad prefeito sem o apoio de Marta, o que restaria a ela? É assim que vejo essa sua entrada tardia.
Se ela foi recebida por Lula, que a teria convencido a participar, como afirmam, as pesquisas internas devem mostrar que sua presença é importante para boa parte da militância petista e em certas áreas da cidade. Mas há o reverso da medalha, a rejeição em outras.
A mídia é tucana, e, em muitos casos, mais serrista que tucana. Cascas de banana serão atiradas no caminho de Marta. Provocações para repercutir declarações de Serra.
Atendendo a pedido da campanha tucana, os jornalões paulistas podem passar a dar a ela quase que um papel de candidata, reservando a Haddad o de coadjuvante. O que Marta acha disso, o que acha daquilo.
O programa de Serra centra fogo nela. O festival de baixarias característico do adversário faz o resto.
Nesse cenário, o novo sairia de cena e ficaria uma disputa que já houve, entre Marta e Serra.
Que Marta seja bem-vinda e cumpra na campanha o papel reservado a ela pela candidatura petista e não pelo adversário. Ela deve ignorar Serra, enaltecer Haddad, lembrar das coisas boas de sua administração, e deixar a campanha de Serra continuar como está, em queda livre, sem a boia de salvação que ela pode vir a ser.