Carnavalesco Marco Antonio da Vila apresenta enredo 'Adeus, Lula, vai atrás dona Dilma, vem comigo Zé Dirceu'
Mais do que uma festa dos sentidos, o Carnaval da Tucanolândia é a festa dos ressentidos. Nele, extravasamos nossas frustrações e caímos na doce magia da folia, somos pierrôs, arlequins e colombinas de nós mesmos e nos divertimos com muito luxo, pondo ioiôs e iaiás pra fora.
Nesse ano não será diferente. Para tanto, eu, Marco Antonio da Vila, formado com muita honra na Acadêmicos de São Carlos em História, Coreografias de Passo Marcado e outros babados, comunico ao distinto público nosso enredo para o desfile de nossa grande Tucanolândia: "Adeus, Lula, vai atrás dona Dilma, vem comigo Zé Dirceu".
A presença constante no nosso pensamento de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes que saíram com uma aprovação de 80% como ele. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente adorado pelo povo, enquanto nosso ex-presidente FHC só recebe convites de Dilma para humilhá-lo.
Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Ainda mais com aquela aprovação indecorosa, humilhante, mas maaaravilhosa. Por isso, em nosso enredo defendemos que Lula querer continuar na arena política diminui a sua importância histórica.
No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Isso não nos deixa oportunidade de voltar ao poder e promover as privatizações da Petrobrax, do pré-sal, da Floresta Amazônica, do Aquífero Guarani e todas as maravilhas que seriam tão bem administradas por aquele povo louro, musculoso, de olhos azuis e botinas.
Lula quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário, como gostaríamos. Recentemente, foi chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente. O pior é que o povo brasileiro concorda com isso e já se assanha querendo Lula de novo na presidência.
E ele deve adorar, não? No entanto, logo após passar o bastão para Dilma, Lula disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos.
Pois aí entra o carro que será a grande apoteose de nosso Carnaval, "Adeus, Lula, vai atrás dona Dilma, vem comigo Zé Dirceu". Um imenso terreirão, o Mundo do Nunca Dantes, onde uma enoooorme churrasqueira vai fazer a alegria dos convivas, que se despedirão assim da cena pública brasileira, retirando-se eternamente para esse idílico terreirão em São Bernardo, deixando a arena livre para nós da Tucanolândia. Lula, Dilma e todos os petistas numa grande e eterna festa da Carne.
Quer dizer, todos os petistas não. O Zé Dirceu vem comigo, que eu tenho um enredo especial só para ele lá na Vila.
Nesse ano não será diferente. Para tanto, eu, Marco Antonio da Vila, formado com muita honra na Acadêmicos de São Carlos em História, Coreografias de Passo Marcado e outros babados, comunico ao distinto público nosso enredo para o desfile de nossa grande Tucanolândia: "Adeus, Lula, vai atrás dona Dilma, vem comigo Zé Dirceu".
A presença constante no nosso pensamento de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes que saíram com uma aprovação de 80% como ele. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente adorado pelo povo, enquanto nosso ex-presidente FHC só recebe convites de Dilma para humilhá-lo.
Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Ainda mais com aquela aprovação indecorosa, humilhante, mas maaaravilhosa. Por isso, em nosso enredo defendemos que Lula querer continuar na arena política diminui a sua importância histórica.
No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Isso não nos deixa oportunidade de voltar ao poder e promover as privatizações da Petrobrax, do pré-sal, da Floresta Amazônica, do Aquífero Guarani e todas as maravilhas que seriam tão bem administradas por aquele povo louro, musculoso, de olhos azuis e botinas.
Lula quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário, como gostaríamos. Recentemente, foi chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente. O pior é que o povo brasileiro concorda com isso e já se assanha querendo Lula de novo na presidência.
E ele deve adorar, não? No entanto, logo após passar o bastão para Dilma, Lula disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos.
Pois aí entra o carro que será a grande apoteose de nosso Carnaval, "Adeus, Lula, vai atrás dona Dilma, vem comigo Zé Dirceu". Um imenso terreirão, o Mundo do Nunca Dantes, onde uma enoooorme churrasqueira vai fazer a alegria dos convivas, que se despedirão assim da cena pública brasileira, retirando-se eternamente para esse idílico terreirão em São Bernardo, deixando a arena livre para nós da Tucanolândia. Lula, Dilma e todos os petistas numa grande e eterna festa da Carne.
Quer dizer, todos os petistas não. O Zé Dirceu vem comigo, que eu tenho um enredo especial só para ele lá na Vila.
Por Marco Antonio da Vila, formado pela Acadêmicos de São Carlos em História, Coreografias de Passo Marcado e outros babados, a partir de Adeus, Lula, de meu quase xará Marco Antonio Villa