Como nos anúncios sem ideia, Zico faz aniversário, mas quem ganha o presente somos nós botafoguenses. Obrigado, Zico
Hoje é dia do aniversário do Zico, maior ídolo do Flamengo e um dos maiores craques do futebol mundial de todos os tempos.
Eu só tenho a agradecer a ele. Até pela vitória do Botafogo hoje sobre o Flamengo, o que nunca havia acontecido no Engenhão. Zico não jogou, é claro, mas foi sob sua inspiração que o Botafogo me deu mais essa alegria.
Sendo meu contemporâneo, Zico só começou a jogar pelo time profissional do Flamengo quando o futebol deixou de ter a importância número um na minha vida (ali pelos 14 anos). Assim como no Xote das Meninas, de Luiz Gonzaga, quando o menino enjoa do futebol (no sentido de não ser mais sua paixão primordial), "é sinal que o amor já chegou no coração".
Aconteceu comigo. Antes de Zico, eu torcia apaixonadamente pelo meu Botafogo. E o meu Botafogo era aquele que humilhava o Flamengo, para desespero de Zico, como ele confirmou em entrevistas. O Botafogo de Garrincha, Nilton Santos, Amarildo, Didi, Zagalo, Quarentinha, e depois de Gerson, Jairzinho, Paulo César Caju... O Flamengo não ganhava uma.
O Botafogo do folclórico goleiro Manga, que dizia gastar o bicho (prêmio que os jogadores recebiam quando ganhavam um jogo) do Flamengo, antes do jogo, por conta, porque a vitória era quase certa.
Eu me recordo de um lance. Eu estava na arquibancada atrás do gol do Botafogo. Falta para o Flamengo, quase na linha da área. Quem iria bater era Ademar Pantera Negra, um jogador do Flamengo que vivia fazendo gols de falta. Manga simplesmente mandou abrir, não quis barreira, e fazia com as mãos, chuta, chuta.
Ademar Pantera tomou distância. O estádio em silêncio. Ele partiu para a bola e chutou forte, no alto. Manga simplesmente, com suas mãos gigantes, segurou a bola no ar, e não deu rebote. Devo lembrar que naquela época goleiros jogavam sem luvas.
Portanto, Zico, quero agradecer a você por ser meu contemporâneo, e ter sofrido quando eu me regozijava, e ter se regozijado nos campos pelo Flamengo, quando eu já não me importava.
Você, Zico, como já disse, foi um dos maiores craques do futebol mundial. Mas, para meu Botafogo, o Botafogo da minha infância e início de adolescência, foi apenas um sofredor diante de meu Botafogo, igual a todos os flamenguistas como você.
Valeu Zico!
Ah, e não custa lembrar que o último ano de Zico como profissional no Flamengo foi naquele 1989 em que o Botafogo voltou a ser campeão, em cima do Flamengo.
Devo ou não agradecer ao Galinho?:
Eu só tenho a agradecer a ele. Até pela vitória do Botafogo hoje sobre o Flamengo, o que nunca havia acontecido no Engenhão. Zico não jogou, é claro, mas foi sob sua inspiração que o Botafogo me deu mais essa alegria.
Sendo meu contemporâneo, Zico só começou a jogar pelo time profissional do Flamengo quando o futebol deixou de ter a importância número um na minha vida (ali pelos 14 anos). Assim como no Xote das Meninas, de Luiz Gonzaga, quando o menino enjoa do futebol (no sentido de não ser mais sua paixão primordial), "é sinal que o amor já chegou no coração".
Aconteceu comigo. Antes de Zico, eu torcia apaixonadamente pelo meu Botafogo. E o meu Botafogo era aquele que humilhava o Flamengo, para desespero de Zico, como ele confirmou em entrevistas. O Botafogo de Garrincha, Nilton Santos, Amarildo, Didi, Zagalo, Quarentinha, e depois de Gerson, Jairzinho, Paulo César Caju... O Flamengo não ganhava uma.
O Botafogo do folclórico goleiro Manga, que dizia gastar o bicho (prêmio que os jogadores recebiam quando ganhavam um jogo) do Flamengo, antes do jogo, por conta, porque a vitória era quase certa.
Eu me recordo de um lance. Eu estava na arquibancada atrás do gol do Botafogo. Falta para o Flamengo, quase na linha da área. Quem iria bater era Ademar Pantera Negra, um jogador do Flamengo que vivia fazendo gols de falta. Manga simplesmente mandou abrir, não quis barreira, e fazia com as mãos, chuta, chuta.
Ademar Pantera tomou distância. O estádio em silêncio. Ele partiu para a bola e chutou forte, no alto. Manga simplesmente, com suas mãos gigantes, segurou a bola no ar, e não deu rebote. Devo lembrar que naquela época goleiros jogavam sem luvas.
Portanto, Zico, quero agradecer a você por ser meu contemporâneo, e ter sofrido quando eu me regozijava, e ter se regozijado nos campos pelo Flamengo, quando eu já não me importava.
Você, Zico, como já disse, foi um dos maiores craques do futebol mundial. Mas, para meu Botafogo, o Botafogo da minha infância e início de adolescência, foi apenas um sofredor diante de meu Botafogo, igual a todos os flamenguistas como você.
Valeu Zico!
Ah, e não custa lembrar que o último ano de Zico como profissional no Flamengo foi naquele 1989 em que o Botafogo voltou a ser campeão, em cima do Flamengo.
Devo ou não agradecer ao Galinho?: