Roger Waters, do Pink Floyd, prega bloqueio a Israel semelhante ao feito à África do Sul durante apartheid
Um dos fundadores do Pink Floyd, Roger Waters é o artista mais famoso a participar do Tribunal Russell para a Palestina. Waters defende sanções a Israel nos moldes às aplicadas à África do Sul, durante o apartheid. Ele defende Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel pelos crimes cometidos contra palestinos e pelo não reconhecimento da Palestina.
No último final de semana o Tribunal se reuniu em Bruxelas:
Na reunião que encerrou os trabalhos, que contou com a presença de centenas de pessoas em Bruxelas, os membros do "júri", entre os quais a ativista dos direitos humanos Angela Davis e o ex-líder da banda Pink Floyd Roger Waters, adotaram 26 recomendações para ações futuras.
Além da mobilização da opinião pública para que "Israel ponha fim às violações do direito internacional", o júri reclamou o encaminhamento do caso para o Tribunal Penal Internacional (TPI).
O reconhecimento da Palestina como Estado observador na ONU, a 29 de novembro, dá aos palestinos o direito de o fazer, defende o tribunal.
"O tribunal apoia os apelos da sociedade civil palestina para que o TPI abra imediatamente uma investigação aos crimes contra a humanidade e de guerra que lhe sejam apresentados", refere o documento com as conclusões dos trabalhos que foi divulgado no domingo.
O Tribunal Russell recomendou ainda a retomada da comissão especial da ONU para o Apartheid, desta vez para examinar a situação dos palestinos, e apelou à suspensão do acordo de cooperação entre a União Europeia e Israel e ao fim das importações de produtos de colónias israelitas nos territórios ocupados. [Fonte]
Leia aqui uma entrevista com Waters sobre seu ativismo [em inglês].