O diretor de cinema e TV - e também excelente roteirista - Jorge Furtado, dá umas dicas bem humoradas em seu blog sobre essa profissão:
Ó Deus Autor e Roteirista, mestre dos caminhos e das intrigas, patrono de todos os encontros, faísca de todas as separações, juiz de todas as causas, algoz e protetor dos personagens, arquiteto de todos os cenários, semeador de ganchos e plots, vigia dos arcos longos e curtos, artista das viradas, ó senhor Autor e Roteirista, nós respeitaremos teus atos mas tende piedade do diretor!
Não escreva nada que não possamos filmar, pois filmar é nosso único e precário dom.
Não escreva câmera, pois ela não podemos filmar, já que é com ela que filmamos.
Não escreva vemos, pois que tudo vemos, se é que vemos algo.
Não descreva brevemente ações longas, nem longamente ações breves.
Não escreva o que o personagem - se é que haverá um - sente, lembra, pensa ou ignora, pois só podemos filmar o que ele faz, vê, escuta e diz.
Não escreva o que o público - se é que haverá um - sente ao ver a cena, pois não podemos filmar o que o público sente.
Tende piedade do diretor. E tende piedade do público!
[Siga lendo no Blog do Jorge Furtado, afinal, ele é o autor]