Promotora Milhomens inova: em vez de grampo sem áudio usa áudio sem grampo para ferrar Dirceu e bisbilhotar Planalto




Há um ditado que diz "Pense num absurdo. Na Bahia, há precedente".  O mesmo acontece em todo o processo da chamada AP 470, e agora na ilegal prisão de José Dirceu, que deveria estar cumprindo pena em regime semiaberto há cinco meses, e, no entanto, está trancafiado na Papuda.

A promotora do Distrito Federal Márcia Milhomens justificou assim seu pedido de quebra do sigilo telefônico do Palácio do Planalto (destaques em negrito são meus):

"A medida objetiva apurar denúncias trazidas ao Ministério Público, em caráter informal, de que o sentenciado José Dirceu teria estabelecido contato telefônico, nos termos já referidos. Ressalte-se que os detentores das informações recusaram-se, peremptoriamente, a prestar depoimento formal."

Quer dizer que alguém que se recusa PEREMPTORIAMENTE a prestar depoimento formal (ou seja, um Anônimo, como esses que comentam em blogs) faz uma acusação e a promotora quer quebrar o sigilo das principais autoridades do Poder Executivo?

Já tivemos o caso do grampo sem áudio, que envolveu o àquela época presidente do STF Gilmar Mendes e o santinho do pau oco finalmente desmascarado Demóstenes Torres, quando Mendes se achou no direito de chamar o presidente Lula às falas. A transcrição do suposto áudio apareceu na Veja, que ficou de mostrar o áudio, mas nada...

Pois a promotora inova e inventa o áudio sem grampo, pois nem a transcrição da conversa existe.

Pois, promotora, recebi informação de alguém que se recusa peremptoriamente a prestar depoimento formal de que a senhora está agindo em conluio com seu orientador de tese, Gilmar Mendes, e com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, com o intuito de desestabilizar o governo e torturar José Dirceu. Baseado nisso, peço a quebra do sigilo telefônico dos três para verificar se não se comunicaram no período com esse objetivo. 

 Fumando, espero.



Madame Flaubert, de Antonio Mello