Além do Machado copidescado, vem aí O Alienista Reloaded





Depois de toda a polêmica causada pelo lançamento de uma versão copidescada de O Alienista, de Machado de Assis, vem aí  uma obra ainda mais audaciosa, um lançamento ainda mais pretensioso, arrogante, arbitrário e ressentido, O Alienista Reloaded, de Joaquim Maria Barbosa Machado de Assis.

Em O Alienista Reloaded a história se muda da pacata Itaguaí, no interior do Estado do Rio, para a capital da República. A Casa Verde não é mais uma pequena casa de interior mas o suntuoso palácio que abriga o Supremo Tribunal Federal.

Simão Bacamarte não é mais um psiquiatra preocupado com a sanidade das pessoas, mas um jurista alçado à presidência do STF, que se acha o detentor da verdade jurídica e que pretende fazer um saneamento na a seu ver caótica situação do país.

Incumbido, como o psiquiatra de Itaguaí, de uma certeza absoluta sobre tudo o que faz, ele manda prender e ao mesmo tempo se arvora em executor das sentenças a tal ponto que provoca o caos no país ao modificar a lei dos condenados ao regime semiaberto.

Numa penada, ele mandou de volta para a cadeia mais de 200 mil presos, provocando um caos ainda maior no já caótico estado das penitenciárias do país.

Irritado com alguns de seus pares que pretendiam descumprir suas determinações, ou até mesmo por discordarem dele sobre algum tópico, começou a mandar prendê-los também.

Graças a seus conhecimentos na Alemanha, enviou um dos ministros que mais o afrontavam para o ataque do Bayer de Munique. [leia Lewandowski contratado pelo Bayern de Munique].

Adiante, apoiado pela mídia, mandou cercar com grades o Brasil e considerou todo mundo preso. Só ele tinha as chaves.

Por fim, amargurado, triste e solitário, pois não tinha mais a quem prender, agiu como o Bacamarte original, mandou derrubar as grades do Brasil, soltar todos os presos e recolheu-se sozinho à Papuda, tendo deixado ordens expressas para que jogassem fora as chaves da cadeia.

O Alienista Reloaded já está nas ruas. Acontecendo. Agora.




OBS: Não dou links para a mídia corporativa porque eles também não nos linkam quando nos citam.

Madame Flaubert, de Antonio Mello