Dizem que há coisas que só acontecem no Brasil, como a jabuticaba.
Agora temos a mais nova excentricidade tipicamente brasileira, o presidente clandestino.
O usurpador golpista Temer ficou praticamente escondido na cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio, fez-se representar na cerimônia de encerramento, foi escanteado na reunião do G-20 na China e agora na parada militar do 7 de setembro dispensou o tradicional Rolls-Royce conversível utilizado por todos os presidentes no desfile do dia da Independência e, por temer as reações do povo, preferiu um carro fechado. Escondeu até a faixa presidencial, que não usou.
À noite,cometeu a temeridade de sair da clandestinidade e falar breves palavras na abertura dos jogos Paralímpicos. Levou uma vaia tão grande, que nem O Globo conseguiu esconder.
A esperança dos brasileiros é de que um dia desses ele caia na clandestinidade de vez, renuncie ao cargo que usurpou e convoque eleições gerais.
Talvez pela primeira vez seja aplaudido em vez de vaiado.
Mas terá um homem de tão baixas atitudes grandeza para isso?
Pergunta número dois: Cunha permitiria?
