Moreira Franco diz que não pediu contribuição eleitoral à Odebrecht. Delator concorda: 'Foi propina'
Em sua delação premiada (essa jabuticaba brasileira que permite ao sujeito roubar à vontade e, se vier a ser descoberto, sair entregando todo mundo para se livrar da cadeia e ficar em casa curtindo a praia com o dinheiro que conseguiu esconder da polícia), Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, disse que pagou propina de R$ 3 milhões a Wellington Moreira Franco, em 2014, quando era ministro da Aviação Civil da Dilma.
Segundo o vazamento, Melo Filho teria sido enfático: "Não foi contribuição eleitoral, foi propina".
Braço direito de Temer, Moreira foi Franco e emitiu nota concordando com Mello Filho: não houve pedido de contribuição eleitoral.
Culpado ou não, Moreira Franco deveria ter sido banido da vida pública em 1986, quando cometeu o maior crime eleitoral do Brasil — venceu as eleições para governador do estado do Rio derrotando ninguém menos do que Darcy Ribeiro.
Já imaginaram Darcy Ribeiro governador? O Rio e o Brasil mereciam isso, mas Moreira impediu.
Segundo o vazamento, Melo Filho teria sido enfático: "Não foi contribuição eleitoral, foi propina".
Braço direito de Temer, Moreira foi Franco e emitiu nota concordando com Mello Filho: não houve pedido de contribuição eleitoral.
Culpado ou não, Moreira Franco deveria ter sido banido da vida pública em 1986, quando cometeu o maior crime eleitoral do Brasil — venceu as eleições para governador do estado do Rio derrotando ninguém menos do que Darcy Ribeiro.
Já imaginaram Darcy Ribeiro governador? O Rio e o Brasil mereciam isso, mas Moreira impediu.