Depois do trágico acidente nesta tarde em Paraty, quando veio a falecer o ministro do STF e relator da Lava Jato Teori Zavascki, começaram a chover as mais diversas teorias da conspiração. E num país em que se planejou e executrou um golpe de Estado, em tese para combater a corrupção no país, que levou ao poder uma confederação de corruptos, tudo é possível.
Zavascki morreu, quando o jatinho de um empresário que o levava de São Paulo para a cidade fluminense caiu no mar a pouca distância do aeroporto local. Segundo as informações até o momento, o ministro iria se hospedar no hotel do empresário dono do jatinho em que ele viajava de carona.
Teori, como responsável pela Lava Jato, estava analisando as delações premiadas de 77 executivos da Odebrecht, em que são acusados inúmeros políticos, especialmente Temer e a cúpula de seu governo.
Como disse, as teorias da conspiração pipocam de todos os lados, mas um fato é inegável: quem ameaçou o ministro e sua família foi a turma do juiz Moro a favor do golpe de Estado.
Em março, quando Teori retirou os processos contra o presidente Lula das mãos do juiz Moro e ainda deu um pito em sua sentença no "justiceiro de Curitiba", os golpistas e moristas encheram de ameaças as redes sociais e alguns se dirigiram até a residência do ministro em Porto Alegre com faixas [imagem acima] e ameaças.
Entre essas ações, a do editor da revista Época, das Organizações Globo, Diego Escosteguy, em seu Twitter, que buscou direcionar o ânimo da população contra o ministro:O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou nesta quarta-feira (23) reforço na segurança do ministro Teori Zavascki, relator das investigações da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida é uma resposta às intimidações feitas contra Teori, por manifestantes antigoverno, depois de despacho do magistrado divulgado na noite de ontem. Durante parte da madrugada desta quarta-feira, manifestantes favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, inconformados com a decisão de Teori, mobilizaram-se em protestos em frente ao STF e até nas cercanias das residências do ministro e alguns de seus parentes em Brasília e no Rio Grande do Sul. A ação foi orquestrada com celebridades e demais internautas em redes sociais – o cantor e compositor Lobão, um dos principais adversários do petismo na cena cultural, chegou a divulgar em sua conta no Twitter o endereço de Alexandre Prehn Zavascki, filho de Teori, em Mont Serrat, Porto Alegre.As ações de hostilização a Teori e seus familiares ganharam as redes sociais depois de publicada a decisão, uma resposta à demanda ajuizada na semana passada pela Advocacia-Geral da União. [Fonte: Congresso em Foco]
Em sua conta no Facebook, um dos filhos do ministro mandou um aviso sobre a quem interessava a morte de Teori:
Querem ver quem ameaçava?