Com um simples aplicativo de celular seria possível hackear um avião e derrubá-lo a distância


Antigamente, para assistir TV o sujeito andava até o aparelho, girava o controle para ligar, outro para escolher o canal, outro para aumentar ou diminuir o som e ajeitava o bombril na antena para melhorar a imagem. Só então se sentava no sofá.

Quando inventaram o nirvana do preguiçoso, o controle remoto, todo esse procedimento passou a ser feito do sofá.

Hoje, existem aplicativos de celular que controlam todos os aparelhos da casa a distância, poderosos tudo-em-um dos controles remotos.

Antigamente, para se pilotar um avião o piloto tinha que movimentar todos aqueles botões e alavancas, às vezes fazendo até força. Depois, com os computadores de bordo, vários procedimentos passaram a ser automáticos.

Mas, ao que se saiba, tirando aviões de aeromodelismo, nenhum deles é controlado de fora, por um controle remoto.

Imagine, por exemplo, que alguém em terra pudesse alterar os comandos de um avião no ar, mudar sua rota, alterar sua altitude, fazê-lo inclinar-se e, outra vez por exemplo, dar uma volta de 180 graus, tão baixo, tão rente ao mar, que a asa acabe batendo na água e o avião afunde. Isso não é possível?

Sim. Pelo menos desde 2013, quando o piloto de avião e hacker Hugo Teso criou um aplicativo para Android (sim, pilotar a distância por um smartphone), PlaneSploit, e o exibiu para uma plateia de especialistas em Amsterdã, Holanda.

Com o aplicativo e um rádio-transmissor, o hacker quebra o sigilo do avião (o que, segundo o hacker, é fácil) e começa a controlá-lo.

Quer ler mais sobre isso? Clique no Hufington Post Canadá, Forbes, Telegraph.

De lá para cá já se passaram quase quatro anos, uma eternidade em termos de desenvolvimento tecnológico nessa área.

No Brasil, tivemos dois acidentes muito semelhantes num curto espaço de tempo, envolvendo um candidato a presidente (Eduardo Campos) e um ministro do STF (Teori Zavascki), com um processo nas mãos que poderia, por exemplo (estou cheio de exemplos hoje) derrubar toda a cúpula do governo golpista, juntamente com o usurpador.

Nos dois acidentes os pilotos eram experientes. O do voo do ministro chegou a dar palestra sobre como pousar corretamente no aeroporto de Paraty, onde ocorreu o acidente (ou atentado?)...

E mais: os acidentes (ou atentados?) ocorreram após comunicação com a torre, podendo o avião ser hackeado nesse momento, conforme o criador do aplicativo (não adianta procurá-lo, porque ele não foi posto no mercado por motivos óbvios...).

Por que não investigar também essa hipótese?