Quando comecei com este blog, em abril de 2005, havia poucos blogs de política. Aliás, os blogs eram vistos como coisa de jovens que tratavam de assuntos de seu interesse — esporte, games, artistas de TV, famosos em geral.
Com as mudanças ocorridas no Brasil e nas redações dos jornalões em particular, essa realidade mudou.
2016 é ao mesmo tempo produto e retrato disso. Não estará fora da realidade quem disser que o melhor jornalismo do ano que passou esteve na rede.
Difícil escolher o melhor, o Jornalista do Ano .
Quem se informou bem em 2016, leu Paulo Moreira, Paulo e Kiko Nogueira, PHA, Azenha, Cynara Menezes, Laura Capriglione, Miguel do Rosário, Eliane Brum, minha querida Conceição Lemes, Tereza Cruvinel, Breno Altman, Mário Magalhães, Renato Rovai... tanta gente e eu ainda vou me esquecer de tantos ( acrescentem aí nos comentários)...
Acabei ficando dividido entre três: Brito, que ganhou no ano passado; Marcelo Auler, que já chegou arrebentando, especialmente com as reportagens sobre a República de Curitiba , PF, procuradores e juízes. Também por nos trazer os depoimentos do ex-ministro de Dilma, Aragão (ah, se ele fosse ministro da Justiça desde o início do segundo mandato, em vez de Cardozzzzzzo...); e Luís Nassif, especialmente pela série Xadrez.
Me decidi por um deles, mas antes quero prestar minha homenagem a três gigantes, três mestres que continuam afiadíssimos e mantendo acesa a chama de quem ama o verdadeiro jornalismo: Nilson Lage, Mauro Santayana e Janio de Freitas.
Também não posso deixar de destacar o trabalho de um brasileiro no exterior, Pepe Escobar, que recebo sempre pela rede de e-mails do Castor Filho. Nem do Mídia Ninja e do Jornalistas Livres.
E, por outro lado, saudar a vinda para o Brasil do El País e de Glen Greenwald e seu The Intercept.
O Jornalista do Ano de 2016 do Blog do Mello é Luís Nassif. Principalmente pela série Xadrez,