Secretário de Segurança de Fleury, Temer recomendou ao comandante da PM 'repouso e meditação' para os PMs assassinos do Carandiru
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Reportagem publicada no Estadão, em 8 de outubro de 1992, destaca uma entrevista com o recém empossado secretário de Segurança de São Paulo no governo Fleury, Michel Temer. Ele assumira o cargo cinco dias após o que veio a ficar conhecido como "o massacre do Carandiru", chacina de 111 presos por PMs no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de SP.
Questionado sobre o massacre, a resposta de Temer foi inacreditável. Veja o destaque na imagem acima (clique nela para ampliar) ou leia a seguir:
Estadão: - Como o senhor analisa a ação dos policiais militares?
Temer: - Os militares envolvidos em confrontos como os do Pavilhão 9 da Casa de Detenção, em casos de perseguição, cercos, tiroteios, merecem repousar depois de ações como essas e ser submetidos a tratamentos psicológicos. O choque do dia a dia é uma tarefa ingrata e eles precisam de repouso e meditação. Vou recomendar ao comando-geral da Polícia Militar esse tratamento.
Estadão: - O senhor acredita que os PMS vão aceitar esse tratamento?
Temer: - Eu tenho esta ideia. Sei que quando um militar sai de seu quartel para um confronto como o da Detenção deve voltar combalido, abalado e deve merecer o tratamento.
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