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A questão do apoio ou não a Ciro ou a qualquer candidato no momento é uma falsa questão. Não vivemos uma plenitude democrática. Pelo contrário, vivemos sob golpe de Estado jurídico-político-midiático.
Líder de todas as pesquisas, o ex-presidente Lula é preso político em Curitiba, a partir de uma sentença sem provas, criticada por alguns dos principais juristas do país e do exterior. Não há um só jurista de renome que endosse a sentença de Moro e de seus colegas de turma do TRF-4.
Está cada vez mais evidente que a condenação de Lula tem o principal objetivo de impedir sua candidatura. Sua prisão é para impedi-lo de viajar pelo país divulgando-a ou apoiando um candidato que venha a lançar.
Desde dezembro do ano passado, o ministro Marco Aurélio de Mello enviou à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, os processos de duas ADCs, que podem acabar com as prisões antes do trânsito em julgado (como determina a Constituição, frise-se), o que poderia determinar a libertação de Lula.
Sabendo que já há maioria nesse sentido, a ministra Cármen Lúcia simplesmente se recusa a por as ADCs em julgamento, o que tem gerado protestos do ministro Mello, até nesta semana - numa entrevista à RTP de Portugal e ontem à mídia daqui, que, no entanto, não repercutiu. Cármen Lúcia age politicamente para impedir a liberdade de Lula.
Também numa manobra política, o ministro Fachin enviou para o Plenário do STF o pedido de libertação de Lula, que deveria ser julgado pela 2ª Turma, temendo que Lula fosse libertado, como aconteceu com José Dirceu e outros por essa Turma. Fachin faz como Cármen Lúcia, para manter Lula preso.
Esta é a discussão a ser travada hoje (e não Ciro ou não Ciro): qual a legitimidade de uma eleição com Lula preso por motivo político?
As ADCs têm que ser votadas. O Supremo tem que julgar a sentença de Moro sobre Lula. Ou as eleições serão uma fraude.
A discussão sobre se Lula pode ou não ser o próximo presidente do Brasil deve ser resolvida pelo eleitor. Afinal, diz a Constituição: "todo o poder emana do povo".
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