Você corta um verso, eu escrevo outro. Lula agora é Haddad, é Manuela, é e sempre será 13




A música de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro me veio à cabeça, após a decisão esperada de ontem, que se esticou até a madrugada de hoje, retirando temporariamente (porque o PT vai recorrer ao STJ e ao STF) a candidatura de Lula das eleições.

Mas Lula esperava por isso. Essa é a ideia da chapa tríplice, Lula-Haddad-Manuela.

Agora, é Haddad e Manuela, para não perdermos tempo de campanha.

Lula pode e vai aparecer na campanha indicando que Haddad é seu candidato. A campanha também deve denunciar o golpe. Haddad tem que denunciar a fraude, o golpe. Porque nosso adversário é o golpe. Temos que derrotar o golpe.

Eleição sem Lula é fraude. É para fraudar a vontade popular que Lula está preso.

Mas, se eles cortam um verso, escrevemos outro. Haddad e Manuela e uma bancada de deputados e senadores do PT e de partidos de esquerda para derrotar o golpe.

Não se pode abandonar a luta e deixar as eleições nas mãos dos golpistas para que eles legitimem a destruição do Brasil e do povo brasileiro.

Temos que denunciar a fraude, enquanto lutamos nos diversos campos de luta: eleitoral, jurídico, nas ruas, na comunicação, denunciando ao mundo o que está acontecendo.

Porque o golpe é criminoso e, se tira de milhões de pessoas direitos trabalhistas, sociais e humanos, de milhões de outros tira a comida da boca e traz de volta a fome, o infame mapa da fome de onde o Brasil havia saído e está voltando.

É 13. Porque não temos o direito de desanimar.

Pesadelo
(Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro)

Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã, olha aí


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