General, a última vez em que se derramou 'sangue verde e amarelo' não foi na Intentona de 35, mas no golpe de 64

Tuíte de general Villas Boas

Assim como as memórias do torturador Brilhante Ustra são a leitura de cabeceira do presidente eleito (sub-judice, por fraudes no WhatsApp) Jair Bolsonaro, parece que as fake news de Bolsonaro são leituras de quartel do comandante do Exército, general Villas Boas.

Em seu perfil no Twitter [imagem reproduzida aqui], o general escreveu que determinou ao Exército que estude a chamada Intentona Comunista de 1935, "para que não tenhamos nunca mais irmãos contra irmãos vertendo sangue verde e amarelo em nome de uma ideologia diversionista".

Pra que ir tão longe, general? Em 1964, quase 30 anos após a Insurreição Comunista, tivemos o golpe de 1964 que derramou "sangue verde e amarelo em nome de uma ideologia diversionista". Aquela velha historia do combate ao "perigo vermelho" ressuscitada agora na campanha de fake news de Bolsonaro.


Um dia após o golpe, o pernambucano Gregório Bezerra (1900-1983), com 64 anos, foi arrastado preso a cordas pelas ruas do Recife e em seguida barbaramente torturado, como relatou anos depois.

Assista ao depoimento, general, retirado do filme Gregório Bezerra, de Luiz Alberto Sanz e Lars Säfström. E que nunca mais se derrame sangue verde e amarelo por "ideologia diversionista":



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