Mais um trecho divulgado pela parceria do Intercept com a Folha mostra o procurador de deus Deltan Dallagnol pedindo quase pelamordedeus uma nova BA (busca e apreensão) na casa do ex-governador petista da Bahia Jaques Wagner, que havia sido eleito senador.
O desespero é que teria de ser feita logo, antes de Jaques Wagner assumir a cadeira no Senado, o que faria a operação sair das mãos de Curitiba.
Os diálogos estão em arquivo obtido pelo site The Intercept Brasil.
Em uma das conversas, Deltan pergunta: “Caros, Jaques Wagner evoluiu? É agora ou nunca... Temos alguma chance?”.
Um procurador identificado como Athayde (provavelmente Athayde Ribeiro Costa) responde: “As primeiras quebras em face dele não foram deferidas”. Mas novos fatos surgiram e eles iriam “pedir reconsideração”.
“Isso é urgentíssimo. Tipo agora ou nunca kkkkk”, escreve Deltan. Athayde diz que “isso não impactará o foro”. Deltan responde: “Não impactará, mas só podemos fazer BAs [operações de busca e apreensão] nele antes [da posse]”.
Uma procuradora pondera que o petista já sofrera uma busca: “Nem sei se vale outra”. Deltan responde: “Acho que se tivermos coisa pra denúncia, vale outra BA até, por questão simbólica”. [Fonte: Folha]
Um detalhe acrescenta um pouco mais do clima de ilegalidade ao caso:
No dia em que ocorreram [os diálogos], 24 de outubro, o juiz Sergio Moro já era cotado para virar ministro de Jair Bolsonaro —que disputava com Fernando Haddad (PT-SP) o segundo turno das eleições.
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