Sarampo, pólio, dengue, zika, chikungunya e Bolsonaro ameaçam o Brasil
O trabalho de desconstrução do Brasil do governo Bolsonaro segue de vento em popa. Em agosto, o número de casos de dengue no país é o quarto maior na série histórica. Com a diferença que os outros são índices anuais e esses vão até o mês de agosto apenas, o que pode indicar o maior número de casos de dengue na história, ao final do ano [veja mais adiante].
Não bastasse a vergonha do baixo acesso ao saneamento básico, o país se vê às voltas com o risco de retorno —remoto, mas ainda assim preocupante— da poliomielite. Tal retrocesso já aconteceu com o sarampo, afinal.Para dar uma ideia do que está acontecendo com a pólio, graças a esse governo terraplanista e antivacinação, em 2010 (sob Lula) a cobertura vacinal para a pólio no país estava em 99,4%. Em setembro agora, com Bolsonaro, caiu quase à metade: 51,5%.
A ressurgência epidemiológica dessas enfermidades virais, capazes de matar ou devastar a vida de uma pessoa, decorre da cobertura vacinal insuficiente. O Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo três anos após obtê-lo.
É doença que paralisa, cria deficiências que acompanham a vida toda, e pode ser prevenida com aplicação de simples gotinha.
O Brasil registrou 1.439.471 casos de dengue até 24 de agosto deste ano, número que representa um aumento de sete vezes em relação ao verificado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em índices percentuais, a variação foi de 599,5%.
O total de mortes confirmadas devido à infecção neste ano chegou a 591. Em 2018, o número foi pouco mais de 1/3 disto, com 160 casos confirmados de morte por dengue.Considerando a série histórica com o total de casos de dengue registrados desde 1998, o ano atual já é o quarto com mais casos, atrás de 2015 (recorde com 1.688.688), 2016 (1.500.535) e 2013 (1.452.489).
O governo informa que houve alta de 44% nos casos de chikungunya. Foram 110.627 casos, contra 76.742 no mesmo período do ano passado, o que representa uma taxa de incidência de 53,1 casos por 100 mil habitantes. Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte são os estados com mais casos. Foram confirmadas 57 mortes no Brasil.
A pasta afirma ainda que houve aumento de 47,1% nos casos de zika neste ano, que teve até agora 9.813 casos, enquanto em 2018 foram 6.669. A taxa de incidência é de 4,7 casos por 100 mil habitantes. Entre os estados com mais casos, destacam-se Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas e Espírito Santo. Neste ano, foram confirmados duas mortes por zika.[Fonte: G1]
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