Falta de empatia de Bolsonaro diante dos recordes de mortes pela "gripezinha"
Embora o jeito de falar carioca influencie grande parte de Brasil, graças às quase hegemônicas novelas da Rede Globo, "foda-se" ainda não é uma expressão que possa ser usada nelas. Daí o motivo desta postagem.
Carioca ou não, o morador do Rio sabe que todo "e daí?" traz um "foda-se", implícito ou, na maioria das vezes, explícito.
— Mais uma vez o juiz ajudando o Flamengo...Jair Mentira Bolsonaro não é carioca, mas mora no Rio há muito tempo e por aqui se elegeu e a seus filhos — a não ser o 03 que foi exportado para São Paulo.
— E daí? Foda-se. Ganhamos.
...
— Patrão, o trem atrasou...
— E daí? Foda-se. Eu disse que não ia tolerar mais isso...
Sabendo disso, fica ainda mais cruel a resposta do presidente a um repórter, que lhe perguntou sobre o que tinha a falar sobre o recorde de mortes pelo coronavírus no Brasil, não só no dia (474 mortos), como no geral, quando ultrapassamos os 5 mil mortos.
"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre".Isso fica ainda mais claro no vídeo abaixo, em que ele, certamente advertido por alguém de sua comunicação sobre a desastrada resposta, tenta corrigir e dar uma mensagem de solidariedade às famílias dos mortos.
A família Bolsonaro agora divulga vídeo em que ele se solidariza com as vítimas depois do “e daí”. Vejam a pergunta que ele faz antes pic.twitter.com/wE4WyhoMgD— Vera Magalhães (@veramagalhaes) April 29, 2020
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