Prefeitura de SP é só trampolim para tucanos. Serra e Dória renunciaram com 15 meses de governo. Você conhece o vice de Covas?


A prefeitura da maior cidade do país serve apenas de trampolim para tucanos concorrerem ao governo do estado de São Paulo. Eles escolhem seus vices sabendo disso. E os vices se deixam escolher também, de olho em ficar à frente da prefeitura com pouco mais de 15 meses de governo do eleito.
 
Foi assim com José Serra, que se elegeu e 15 meses depois passou a prefeitura a seu vice, Kassab, para concorrer ao governo de São Paulo.
 
Foi assim também com Dória, que um ano e 95 dias após assumir a prefeitura passou o bastão ao atual prefeito, Bruno Covas, para concorrer ao governo do estado.
 
Esse tembém deve ser o plano de Covas, caso se reeleja.
 
Por que fazem isso? Porque a prefeitura de São Paulo é um troféu grande demais para o político ficar depois dois anos sem ter o que fazer.
 
Pense bem: se Bruno se reelege e fica até o final do mandato, o que vai fazer em 2024, já que não poderá concorrer a nova reeleição?
 
Teria que ficar dois anos à toa, ou de secretário ou ministro de alguém, porque novas eleições só em 2026.
 
É certo que irá renunciar à prefeitura para concorrer ao governo de São Paulo, já que Dória deve renunciar para concorrer à presidência.
 
Por isso é tão importante saber quem é o vice de Bruno Covas, que pode ser o próximo prefeito, caso Covas vença Boulos no segundo turno.
Ricardo Nunes é um conservador da bancada religiosa da Câmara Municipal, tem no currículo a campanha permanente contra os direitos das mulheres e das LGBTQIA+ e, pelo que tudo indica, é líder de um grave esquema de corrupção: a máfia das creches.

Vereador no segundo mandato e filiado ao MDB, Nunes foi emplacado como vice na chapa do PSDB por pressão de João Doria, que mira sua candidatura em 2022 contra Bolsonaro e quer disputar, desde já como presidenciável, a coligação do seu partido com o MDB e o “centrão”.

O vice de Covas indicado por Doria é parte da “bancada da Bíblia” na Câmara Municipal, fez oposição aberta à educação sexual e para igualdade de gênero nas escolas, surfando na campanha conservadora do projeto Escola sem Partido em 2015, em meio ao processo de aprovação do Plano Municipal de Educação. Não bastasse o grave fanatismo da campanha encampada por Ricardo Nunes contra projetos educacionais que podem combater a violência de gênero, ele próprio também foi acusado de violência doméstica, ameaça, injúria e falta de pagamento de pensão por sua esposa em 2011, fato que segue sem respostas na campanha de Covas.

O PSDB querer se diferenciar da extrema direita bolsonarista, adotando um discurso pró Lava Jato, Sérgio Moro e Rede Globo, mas pode esconder sua longa história de corrupção, desde a privataria tucana dos anos 90 até o escândalo da Alstom na construção do metrô em São Paulo, desde o desvio de dinheiro público no Rodoanel até a máfia das merendas. A máfia das creches envolvendo o tal vice de Covas, Ricardo Nunes, é mais um capítulo dessa novela.

Nunes parece bastante sintonizado com o modo tucano de governar: com base em dados do IPTU e outras documentações, reportagens recentes apontam que ele mantém uma rede de entidades e empresas que administram e alugam imóveis para unidades de creches públicas municipais. Os responsáveis dessas entidades entrevistados apontaram Nunes como seu “chefe”. À contratação das entidades e empresas de seus funcionários, ex-funcionários e parentes se soma a fatura de aproximadamente 1,5 milhão de reais em contratos com a prefeitura. [Fonte]

Antes de votar, compare bem os candidatos e também seus vices: Ricardo Nunes e Erundina.




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