180 mil mortos é pouco. Para Rodrigo Maia somente 'caso gravíssimo' justificaria impeachment de Bolsonaro
Para o presidente da Câmara Rodrigo Maia, os mais de 180 mil mortos por COVID não são um "caso gravíssimo" que justificaria o inicio do processo de impeachment de Bolsonaro.
É o que ele afirma numa entrevista ao Estadão.
'De forma nenhuma iria usar o poder do impeachment se não fosse um caso gravíssimo, ainda mais no meio de uma quarentena.'
Mas se é exatamente por estarmos no meio de uma quarentena (que Bolsonaro é contra) em meio a uma pandemia, que já matou mais de 180 mil e ruma para chegar aos 200 mil logo, que a retirada de Bolsonaro do cargo é urgente.
Bolsonaro é contra todas as medidas que poderiam evitar grande parte das mortes. É contra o distanciamento, o uso de máscaras, o fechamento do comércio, e é a favor das aglomerações, do uso de cloroquina e remédio para vermes no combate ao vírus, que já se mostraram ineficazes e até perigosos.
Já chamou os brasileiros que respeitam o vírus de maricas.
Já disse que não tomará vacina e a critica. Não preparou um plano de vacinação em massa. Não há sequer seringas para aplicá-las, quando chegar a hora.
Tem quase R$ 300 milhões em testes para COVID com validade vencendo agora em dezembro e janeiro, que irão para o lixo, porque Bolsonaro não mandou distribuí-los.
Nada disso é "caso gravíssimo"?
Ou será que "caso gravíssimo" será apenas se a PF voltar à carga para averiguar o dinheiro que a Odebrecht teria passado ao "Botafogo" (alcunha de Maia na planilha da Odebrecht) e a seu pai?
Todos um dia terão de prestar contas à História: o genocida e seus cúmplices - por ação ou omissão. Maia é um deles.
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