Apoiadora do golpe, Folha cansa de Bolsonaro: 'Basta do descaso homicida de Bolsonaro!'


A Folha, da ficha falsa contra Dilma, da campanha pelo impeachment da presidenta e perseguição política a Lula, somente agora, após dois anos de crimes do presidente, perdeu a paciência com Bolsonaro.
 
Em editorial cheio de adjetivos negativos contra Bolsonaro e seus asseclas, a Folha neste domingo parte para o ataque ao genocida na presidência. 
 
A força do editorial é proporcional ao descaso do jornal, um dos responsáveis pelo golpe de 2016, da perseguição sem trégua ao PT, especialmente ao presidente Lula.
 
A Folha age agora como se surpreendida com a completa incompetência e mesmo a maldade de Bolsonaro, ao zombar de mais de 180 mil mortos, com exposição de trajes da posse e piadinhas sobre injeções de ozônio.
 
Não basta, Folha, apontar o dedo contra Bolsonaro. Tem que fazer o mea culpa que cobram tanto do PT e de Lula.

Como nas antigas quermesses, o Blog do Mello dedica ao jornal trecho de um samba de Cartola:
Basta de clamares inocência
Eu sei todo o mal que a mim você fez
Você desconhece consciência
Só deseja o mal a quem o bem te fez
Basta, não ajoelhes, vá embora
Se estás arrependida, vê se chora.
O editorial:
Vacinação já 
 
Passou de todos os limites a estupidez assassina do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus. É hora de deixar de lado a irresponsabilidade delinquente, de ao menos fingir capacidade e maturidade para liderar a nação de 212 milhões de habitantes num momento dramático da sua trajetória coletiva. Chega de molecagens com a vacina!

Mais de 180 mil pessoas morreram de Covid-19 no Brasil pela contagem dos estados, subestimada. A epidemia voltou a sair do controle, a pressionar os serviços de saúde e a enlutar cada vez mais famílias. Trabalhadores e consumidores doentes ou temerosos de contrair o mal com razão se recolhem, o que deprime a atividade econômica. Cego por sua ambição política e com olhos apenas em 2022, Bolsonaro não percebe que o ciclo vicioso da economia prejudica inclusive seus próprios planos eleitorais.

O presidente da República, sabotador de primeira hora das medidas sanitárias exigidas e principal responsável por esse conjunto de desgraças, foi além. Sua cruzada irresponsável contra o governador João Doria esbulhou a confiança dos brasileiros na vacina. Nunca tão poucos se dispuseram a tomar o imunizante, segundo o Datafolha.

Com a ajuda do fantoche apalermado posto no Ministério da Saúde, Bolsonaro produziu curto-circuito numa máquina acostumada a planejar e executar algumas das maiores campanhas de vacinação do planeta. Como se fosse pouco, abarrotou a diretoria da Anvisa com serviçais do obscurantismo e destroçou a credibilidade do órgão técnico.

Abandonada pelo governo federal, a população brasileira assiste aflita ao início da imunização em nações cujos líderes se comportam à altura do desafio. Não faltarão meios jurídicos e políticos de obrigar Bolsonaro e seu círculo de patifes a adquirir, produzir e distribuir a máxima quantidade de vacinas eficazes no menor lapso temporal.

O caminho da coerção, no entanto, é mais acidentado e longo que o da cooperação entre as autoridades federais, estaduais e municipais. Perder tempo, neste caso, é desperdiçar vidas brasileiras, o bem mais precioso da comunidade nacional.

Basta de descaso homicida! Quase nada mais importa do que vacinas já —e para todos os cidadãos.

 



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