A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou nessa sexta-feira um projeto de lei para legalizar o aborto gratuito e voluntário, colocando o país um passo mais perto de adotar uma legislação que ativistas pelos direitos das mulheres buscam há muito.
O projeto obteve 131 votos a favor e 117 contra, após debate que durou 20 horas.
Nas próximas semanas, o projeto de lei deve ser submetido a votação no Senado para sua aprovação final.[BBC]
O projeto autoriza o aborto voluntário e gratuito até a 14ª semana. Após, apenas se a gravidez for resultado de estupro ou colocar em risco a vida ou a saúde integral da mulher.
É um direito da mulher sobre seu corpo. É também problema de saúde pública, já que uma mulher que decide interromper sua gravidez não desejada o fará do jeito que der. Se tiver posses, recorrerá a médicos em clínicas particulares, que todos sabem quem são e onde ficam. Se não, muito provavelmente vai engrossar o número das que vão parar na rede pública, após procedimentos mal feitos, muitas vezes pagando com a própria vida.
"Sou católico, mas tenho que legislar para todos", disse o presidente Alberto Fernández na quinta-feira. "(O aborto) é um problema de saúde pública muito sério."
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