Enquanto nós, civis, ainda morremos em pencas na segunda onda da COVID, Exército já se antecipa a uma terceira para cuidar da tropa


São dois Brasis: num, vivemos uma administração caótica da pandemia, batendo recorde atrás de recorde de mortos, onde faltam leitos de UTI, insumos básicos, como oxigênio, e começam a faltar outros que são fundamentais para o processo de intubação. Nesse país, o nosso, dos civis, o presidente defende a aglomeração, que não sejamos maricas, não fiquemos de mimimi, a COVID é uma gripezinha. Morremos aos borbotões. Ontem, atingimos o recorde de 3668 mortos, 38% de todas as mortes do planeta.

Tudo diferente do outro Brasil, o do Exército brasileiro, cujo processo de combate à pandemia é comandado pelo general Paulo Sérgio, sobre quem já falei aqui. Nesse, há a preocupação com a pandemia, soldados ficam em quarentena, usam máscara, não faltam insumos, oxigênio, leitos de UTI nem material para intubação. Aqui, eles já se preparam para a terceira onda da COVID que se avizinha, enquanto nós, os civis, vamos tentado sobreviver à segunda.
Quando soubemos que França e Alemanha estão começando novo lockdown com esta terceira onda, imaginamos que, como ocorreu na segunda, que começa na Europa, dois meses depois se alastra por outros continentes. Temos de estar preparados no Brasil. Não podemos esmorecer. É trabalhar, melhorar a estrutura física dos nossos hospitais, ter mais leitos, recursos humanos para, se vier uma onda mais forte, a gente ter capacidade de reação.
É um planejamento contínuo. Tudo que a gente faz sempre tem a visão do futuro. Se temos a notícia de que, lá na frente, pode ter uma terceira onda, temos de estar preparado. Mas torcemos para não termos, que a gente avance, e a vacina está aí para isso.[general Paulo Sérgio, aqui]

Como visto, o Exército sabe como combater a COVID. Se Bolsonaro escolheu o general Pazuello e não o general Paulo Sérgio para comandar a Saúde do Brasil civil é porque para ele tanto faz que morramos ou não, desde que a economia funcione.

Não foi um erro de Bolsonaro. É projeto dele. De morte. A nossa.
 
Até quando vamos permitir que ele continue a nos matar?



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