Intimidado, Fux não suspende liminar ilegal de Nunes Marques que permite funcionamento de templos religiosos no pico da pandemia


Na virada da noite do feriadão da Semana Santa, este ano acoplado a um envergonhado lockdown pelo Brasil, o ministro do STF Nunes Marques, indicado por Bolsonaro e em obediência a ele, deu uma liminar ilegal autorizando a abertura de templos religiosos que estivessem com a boca do cofre aberta para tomar dinheiro daqueles fiéis que, em nome da fé, perdem dinheiro e arriscam suas vidas, de seus familiares e próximos.

Como presidente atual do STF, o ministro Luis Fux poderia cassar a liminar do colega, não apenas porque o STF já decidiu em Plenário que cabe a prefeituras, estados e ao governo federal as decisões administrativas em relação à pandemia, mas também em nome da vida das pessoas no auge da pandemia, quando a Ciência recomenda que fiquemos em casa.
 
E não é por respeito a decisão de colega que Fux age assim, pois ele já atropelou outro colega, quando barrou uma entrevista com Lula ainda preso, em setembro do ano passado, a 10 dias das eleições.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux concedeu uma liminar suspendendo a divulgação de entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta sexta-feira (28). O pedido, feito pela Folha de S.Paulo, tinha sido deferido por Ricardo Lewandowski, do mesmo STF, hoje pela manhã.

O pedido de suspensão da entrevista foi protocolado pelo Partido Novo. Fux determinou que Lula "se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral".

"Determino, ainda, caso qualquer entrevista ou declaração já tenha sido realizada por parte do aludido requerido, a proibição da divulgação do seu conteúdo por qualquer forma, sob pena da configuração de crime de desobediência (art. 536, § 3º, do novo Código de Processo Civil e art. 330 do Código Penal)", diz a decisão. [Conjur]


Hoje, temendo a reação de Bolsonaro, dos gladiadores pela vaga de Marco Aurélio no Supremo (o PGR Aras e André Mendonça, ex-ministro da Justiça e agora de volta à AGU) e as hordas bolsonaristas na rede, o ministro Fux fez a egípcia e deu de ombros para as aglomerações de morte nos templos dos pastores. 

Quantos serão dizimados pelo dízimo e pela decisão do ministro Nunes Marques e a omissão do ministro Fux?




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