Para se livrar da acusação de prevaricação, que pode lhe custar o mandato, Bolsonaro chamou o ex-ministro da Saúde general Pazuello ao Palácio na noite de quinta e tratou de mandar o recado. Que Pazuello vestisse a cangalha e preparasse o lombo, porque teria de assumir a missão de levar a culpa ou arrumar outro nome na linha de transmissão de comando, no caso de corrupção na compra da vacina Covaxin.
Como o deputado Luis Miranda e seu irmão, Luis Francisco, funcionário do ministério da Saúde, afirmam que entregaram a Bolsonaro pessoalmente a denúncia de corrupção na compra da vacina Covaxin, Bolsonaro tem que dizer que tomou uma atitude, ou então prevaricou, que é quando o funcionário público toma conhecimento de uma irregularidade e nada faz.
A saída de Bolsonaro é a de sempre: botar a culpa em alguém. No caso vai ser o general Pazuello, o Queiroz da vez.
Como tudo aconteceu durante o período da passagem de bastão de Pazuello para Queiroga, o general deve jogar a cangalha nas costas de alguém e alegar que não sabe que providências foram tomadas porque saiu do ministério...
Talvez esteja aí a explicação do pedido de sigilo de 100 anos do processo em que o comandante do Exército não puniu Pazuello: ele sabe muito sobre a linha de transmissão da corrupção no ministério e essa envolve muitos militares que se acotovelam por lá até hoje.
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