Bolsonaro pediu: 'Me chama de corrupto'. O povo atendeu: 'Corrupto!'

Até recentemente, bolsonaristas raiz diziam que se podia chamar Bolsonaro de tudo - genocida, assassino, ignorante, incompetente, psicopata, mas de corrupto, não. 
 
Para esse pessoal, Bolsonaro viver a vida toda à custa de expedientes como deputado, usando verba do auxílio residencial "para comer gente", nomeando funcionário em Angra (a Val do Açaí) para pagar o salário do caseiro de sua casa naquela cidade, fora as rachadinhas em seu gabinete e nos dos filhos Flávio e Carlos, nada disso era corrupção.
 
Mas agora a casa caiu. Denúncias recentes mostram que o ministério da Saúde está aparelhado por uma quadrilha, que se aproveitou da pandemia, que já causou a morte de mais de 500 mil brasileiros, para lucrar, e muito, com o kit Covid, cloroquina, ivermectina, e agora com a venda das vacinas.
 
Apenas nos últimos dias, ficamos sabendo dos esquemas com as vacinas Covaxin (R$1,6 bi), a chinesa CanSino (R$5 bi) e ontem à noite foi revelado o esquema que se tentou montar para a venda da AstraZeneca, que renderia ao grupo criminoso um dólar por vacina comprada pelo ministério, num universo inicial de 400 milhões de doses - ou seja 400 milhões de dólares, R$1 bi.
 
Logo o ministério da Saúde, onde há mais de 20 militares no comando, especialmente no setor de logística, levados pelo general Pazuello. [clique aqui e veja a turma de militares e seus cargos, em imagem da BBC]. Será por isso que Pazuello, mesmo afastado do comando do ministério, pilota hoje um cargo administrativo juntinho de Bolsonaro? Será por isso que o Exército decretou 100 anos de silêncio sobre a decisão de não punir Pazuello por sua participação em comício eleitoral de Bolsonaro?
 
Está aí o desafio feito por Bolsonaro tempos atrás para que o chamassem de corrupto. Teria coragem de fazer o mesmo hoje?








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