Na CPI, deputado confirma que Bolsonaro soube da irregularidade e nada fez porque esquema seria do líder do governo Ricardo Barros
Na CPI da COVID, o deputado Luis Miranda declarou que foi, junto com o irmão, que é funcionário do ministério da Saúde, ao Palácio do Planalto para um encontro com o presidente Bolsonaro. Nesse encontro, os irmãos teriam relatado a Bolsonaro as irregularidades que estavam em ação no ministério da Saúde.
O MPF acusa Barros de ter beneficiado a empresa Global Gestão em Saúde quando foi ministro da Saúde, entre 2016 e 2018. A Global é sócia da Precisa, empresa que agora é alvo da CPI da Covid em razão das negociações para vender a vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech.
A ação foi apresentada em dezembro de 2018. Entre outros pontos, a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira entendeu que a pasta descumpriu decisões judiciais que determinavam o fornecimento de remédios a pacientes com doenças raras, demorou na aquisição de alguns itens, e ainda causou um prejuízo de R$ 19,9 milhões ao pagar antecipadamente à Global, que mesmo assim não foi capaz de entregar o encomendado. De acordo com o MPF, a empresa ofereceu o menor preço, mas não tinha os produtos para entregar. A solução seria chamar a segunda colocada, mas Barros teria insistido na Global e pressionado servidores do Ministério da Saúde para isso. [O Globo]
O deputado Luis Miranda, bolsonarista (ainda será?), disse que sabe das pressões por que vai passar, mas resolveu contar tudo. Confira no vídeo, onde ele afirma que se decepcionou com Bolsonaro, porque o presidente sabia das irregularidades, sabia quais eram e quem era o mandante, mas nada fez.
O MOMENTO DA CONFISSÃO: "FOI O RICARDO BARROS SIM" #CPIdaCovid #CPIdaPandemia pic.twitter.com/LNmnVx89NV
— Observatório Internacional (@observint) June 26, 2021
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