Diretora da Precisa mentiu à CPI e é fácil provar com o simples uso da língua portuguesa


Você que me lê, faça um pequeno exercício comigo. Suponha que hoje seja terça-feira. Se você fosse me narrar um fato ocorrido ontem, segunda-feira, haveria alguma possibilidade de você me dizer que o fato ocorreu na quinta-feira passada? 
 
Foi exatamente o que fez a diretora da Precisa Emanuele Medrades. No dia 23 de março deste ano, uma terça-feira, em depoimento no Senado sobre vacinas, Emanuela Medrades falou sobre a documentação da Covaxin entregue para análise pelo governo.
"Na quinta-feira passada, nós fizemos o pedido, encaminhamos as 'invoices' [espécie de recibo com informações básicas da compra] e alguns documentos. Temos alguns documentos para serem retransmitidos ao pessoal do Dimp [Divisão de Importação do Ministério da Saúde]. Estão todos supersolícitos, atendendo-nos de uma forma, pensando realmente na urgência que o assunto demanda", disse a diretora na oportunidade.[Fonte: G1]
"Quinta-feira passada" a que se referiu Emanuele naquele dia 23 de março foi dia 18 de março. 
 
Como é que ontem, 14 de julho, em seu depoimento à CPI da COVID ela afirmou que o invoice havia sido entregue no dia 22 de março, ou seja, no dia anterior àquela ida dela ao Senado?

Ou mentiu ontem ou naquele dia. Ou nos dois. Mas, por quê?

Porque é impossível que uma pessoa se refira a algo do dia anterior como tendo acontecido na quinta-feira passada. A não ser que fosse uma sexta (o que não era o caso). E ainda assim seria pra lá de estranho.

Curiosa é a defesa de seus advogados. Segundo eles, "trata-se de uma imprecisão". Em se tratando de uma diretora da Precisa...



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