CIA planejou sequestrar e assassinar Assange. Extradição é o caminho jurídico para os mesmos fins

Reportagem de Zach Dorfman, Sean D. Naylor and Michael Isikoff no Yahoo News revela que a CIA tinha planos e estudos para sequestrar e até assassinar o líder do WikiLeaks Julian Assange.
 
O ano foi 2017, quando Assange já estava há cinco anos asilado na embaixada do Equador e ilegalmente era espionado por câmeras e captadores de áudio infiltrados pelo governo dos Estados Unidos.
 
A ideia do sequestro e até do assassinato surgiu em função de novos pacotes de dados revelados pelo WikiLeaks, que atingiam o coração de operações de hackers da CIA, conhecidas coletivamente como "Vault 7".
 
A reportagem publicada no Yahoo é extensa e vale a conferida [em inglês]. Mas, de prático, o que se vê é que os Estados Unidos acabaram por optar usar contra Assange o mesmo que fizeram com Lula e o PT no Brasil: ação judicial. Sequestro e assassinato jurídico.
 
Na prática, com o pedido de extradição Assange está sequestrado pelo governo dos EUA na prisão do Reino Unido em que se encontra, numa solitária e quase incomunicável.
 
Seu assassinato acontecerá caso a extradição venha a ser concedida agora em outubro, quando o pedido vier a julgamento. Laudos médicos são categóricos em afirmar que Assange tem altíssima possibilidade de se suicidar. Ou, caso não consiga, ser um zumbi na solitária, apagado das páginas dos jornais e da história.
 
O crime de Assange? Divulgar os crimes de guerra dos Estados Unidos e aliados. Assassinatos de civis, tortura, espionagem de governos até de pretensos "aliados", como o Brasil.
 
Só que divulgar crimes não é crime, é jornalismo. Crime é cometer crimes de guerra, como o fazem Estados Unidos e aliados, impunemente. Basta ver o genocídio do povo palestino por Israel, que o mundo acompanha com exclamações ("que absurdo!", "crueldade!", "são crianças!") de braços cruzados.
 
Por isso é tão fundamental que todos lutemos pela liberdade de Assange e sua não extradição aos Estados Unidos.





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