Não adianta jogar tudo nas costas de Lula; Marina tem que fazer política

O dia de ontem foi terrível para o meio ambiente e para os povos originários. O ministério de Marina foi esquartejado. O dos Povos Indígenas perdeu duas vezes: na reestruturação do ministério e na aprovação da votação emergencial do PL 490, do marco temporal.

Marina está protestando e tem que protestar mesmo. Mas, ao mesmo tempo, Marina tem que ver que esse Congresso é pior, mais reacionário e "franciscano" (para usar uma expressão cínica muito usada há uns anos sobre congressistas que agem conforme a oração de São Francisco "é dando que se recebe") que o anterior.

O presidente da Câmara Arthur Lira mandou um duro recado à ministra:

“É um ministério com muito pouco apoio político dentro do Congresso. É importante que se frise. Você não pode viver desconectado à técnica da política, não funciona.”

O Partido de Marina, Rede Sustentabilidade, elegeu apenas três parlamentares: a própria Marina e Túlio Gadelha para a Câmara e o senador Randolfe para o Senado. Perdeu o senador Randolfe e agora só tem o deputado Túlio Gadelha.

Não adianta querer que o presidente Lula defenda, ataque, faça gol e ainda apite a partida. Tem que fazer política, buscar votos no Congresso, senão vai ser como naquele 7 a 1. A cada momento, "é gol da Alemanha"...


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