O presidente da Câmara Arthur Lira parece mesmo ser um excelente homem de negócios. Pois além de ocupar praticamente seu tempo todo com as inúmeras tarefas de um presidente da Câmara, que vem desempenhando desde o governo do criminoso condenado, conseguiu triplicar seu patrimônio declarado ao TSE.
Nos últimos quatro anos, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), consolidou sua liderança no Congresso e no Centrão. Nesse mesmo período, o parlamentar aumentou o patrimônio, com a aquisição de uma casa milionária de praia em Alagoas, compra de terras e aplicações bancárias.
O deputado informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no ano passado, que seu patrimônio era de R$ 5,9 milhões. É um aumento de 247% em relação à eleição de 2018, quando ele informou à Corte que possuía R$ 1,7 milhão em bens. O crescimento ocorreu no mesmo período em que o parlamentar se tornou um dos nomes mais influentes do Centrão. [Julia Affonso, no Estadão]
Isso o declarado. Segundo a ex-mulher e mãe de três de seus filhos, Jullyene Lins, Lira tem uma boa quantidade de bens não declarados, inclusive três fazendas em Pernambuco, que ele afirma serem arrendadas, mas que na verdade seriam de sua propriedade, como comprovariam contratos de gaveta de que Jullyene tem cópias autenticadas.
Mas, como disse certa vez o fundador do império Globo Roberto Marinho, "o importante não é o que a Globo publica mas o que ela deixa de publicar", e o Jornal Nacional ainda não resolveu apurar nenhuma das acusações da ex-mulher de Lira e também ainda não viu o salto triplo do enriquecimento do presidente da Câmara, e "as instituições continuam funcionando"...
Isso me lembra do caso do ex-governador do Rio Sergio Cabral. Enquanto todo o Rio de Janeiro comentava o esquema de Cabral no governo do Rio, especialmente após a denúncia da "farra dos guardanapos", feita pelo ex-governador Garotinho, a Globo continuava ignorando o que acontecia debaixo de seu nariz, já que o Rio é a sede da emissora. Só quando a bomba explodiu é que a Globo, de repente, descobriu Cabral, como o homônimo descobriu o Brasil em 1500, após uma estranha "calmaria".
Mesma "calmaria" que está cercando Lira pouco a pouco.
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