Há um mês, em 7 de outubro, o grupo Hamas faz um ataque surpresa a Israel matando 1400 pessoas e sequestrando mais de 200, a maioria ainda em seu poder.
A resposta de Israel tem sido a mais violenta possível, atacando com toda a força de um dos mais poderosos exércitos do mundo uma população civil, desarmada, formada por 40% de crianças.
O resultado foi o ressaltado em mais um pronunciamento incisivo do secretário-geral da ONU, o português António Guterres: "Gaza está se transformando num cemitério de crianças".
Mas não apenas crianças. Também nunca tantos jornalistas foram mortos num período tão curto de combates. Nem hospitais e escolas destruídos.
Tudo o que se move em Gaza está na mira das Forças Armadas de Israel, agora por terra, mar e ar, num exercício diário de extermínio, mesmo diante da grita do mundo inteiro por um cessar-fogo humanitário, ao menos.
Na ONU, os Estados Unidos e Israel são os únicos a votarem contra a decisão da Assembleia Geral nesse sentido. Para Israel, um cessar-fogo, ainda que humanitário e por período curto, ajudaria o Hamas a reorganizar-se. O país parece interessado em ocupar militarmente Gaza, expulsar dali todos os palestinos, e depois ocupá-la com seus colonos e anexá-las ao território de Israel, como vem sendo feito desde 1948.
Em seu pronunciamento, Guterres denunciou as inúmeras violações do direito internacional que estão sendo cometidas por Israel impunemente.
🇺🇳🇵🇸 «Gaza está a converter-se num cemitério de crianças», António Guterres, ONU. pic.twitter.com/ee4qhS6O3Y
— geopol.pt (@GeopolPt) November 6, 2023