Biden fala em cessar-fogo em Gaza no Ramadã. Esperança de paz

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden deu uma declaração que dá a todos uma esperança de paz.

“Minha esperança é que tenhamos um cessar-fogo até a próxima segunda-feira”, disse Biden aos repórteres durante uma viagem a Nova York, quando questionado sobre quando começaria uma trégua. “Estamos perto, ainda não chegámos lá”, disse o presidente democrata, que garantiu que o acordo para uma trégua que se estenderia durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa em 10 de março, “para nos dar tempo para remover todos os reféns." [Página 12]

O plano, mediado pelo Egito, Qatar, Estados Unidos, França e outros, visa um cessar-fogo de seis semanas e a libertação dos reféns israelenses detidos em Gaza desde os ataques do Hamas, em 7 de Outubro. Poderia também incluir a libertação de centenas de palestinos presos em prisões israelenses.

As expectativas são positivas não apenas da parte de Biden. 

“Queremos ver uma pausa humanitária imediata que permita a libertação segura de reféns e um aumento significativo na entrada de ajuda em Gaza, o que poderia então levar a um cessar-fogo sustentável e de longo prazo”, disse o porta-voz de Downing Street, gabinete oficial do primeiro-ministro Rishi Sunak.“Embora seja um desafio, uma pausa negociada nos combates está ao nosso alcance e instamos todas as partes a aproveitarem a oportunidade para conseguir isso."

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, afirmou que defende uma trégua antes do Ramadã e que está "esperançoso", embora não necessariamente otimista, de chegar a um anúncio nas próximas horas. Um representante israelense, sob condição de anonimato, disse ao portal de notícias Ynet que “a tendência era positiva”. 

No boletim informativo do jornal israelense Haaretz de hoje, o cessar-fogo  começaria durante o Ramadã.

"Israel e o Hamas querem concluir o acordo de reféns no próximo mês, para coincidir com o Ramadã. Segundo fontes estrangeiras, ambos os lados gostariam que o acordo entrasse em vigor perto de 10 de março, quando começa o Ramadã."

Que o cessar-fogo aconteça o mais rápido possível é o desejo da humanidade, que olha com preocupação a situação de fome que atinge mais de um milhão de palestinos em Gaza, 70% deles mulheres e crianças. Como dizia nosso Betinho, "a fome tem pressa". Uma pausa humanitária durante o Ramadã acende a esperança. 

Mas fato é que tudo isso se choca com a disposição de Netanyahu de não dar trégua ao Hamas, pois considera que isso dará tempo para que se reorganizem. 

No entanto, Netanyahu está muito pressionado. Os protestos pela sua condução da guerra estão cada vez maiores não apenas no mundo, mas dentro de Israel, onde sua aprovação caiu para apenas 15% dos israelenses. Como ele reagirá?

 

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