Paris 2024. Jogos começam em 1 mês, sem Rússia, mas com Israel. Por quê?

Daqui a exatamente um mês, em 26 de julho de 2024, acontecerá a Cerimônia de Abertura de Paris 2024, os Jogos Olímpicos de Paris.

Pela primeira vez na história das Olimpíadas teremos o mesmo número de atletas masculinos e femininos: 5.250 atletas de cada sexo vão disputar as medalhas em 48 modalidades, num total de 10500 atletas.

Além de esportes tradicionais em todas as Olimpíadas, este ano há dois novos: o breaking como esporte e o caiaque cross como prova dentro da canoagem slalom. Além deles, surfe, skate e a escalada esportiva, que ainda são considerados esportes novos, embora tenham integrado outros Jogos.

Há a expectativa de que estejam presentes delegações de 206 países. No entanto, Rússia e Belarus não poderão participar das Olimpíadas. Seus atletas sim, mas não poderão representar seus países como os demais atletas. Se vitoriosos, não poderão ouvir tocar os hinos de seus países na cerimônia de premiação nem ver içadas suas bandeiras. O motivo alegado: a guerra contra a Ucrânia. 

No entanto, Israel, que comete genocídio da população palestina, participará normalmente. A Ucrânia também. 

Palestinos também participarão de Paris 2024.  Mesmo não sendo um Estado reconhecido pela ONU, a Palestina possui o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional e compete desde 1996, quando estreou nas Olimpíadas de Atlanta. 

O diretor técnico do comitê palestino, Nader Al-Jayousi, acredita que o evento esportivo será “histórico”, e também confirma a presença da delegação na abertura no Rio Sena, apesar das perdas de atletas.

Desde o início do conflito, é estimado que pelo menos 170 desportistas morreram no território palestino, segundo Jayousi. No entanto, ele ressalta que os números podem ser maiores por conta da dificuldade de comunicação que o comitê possui com os competidores. [Poder 360]

A participação de Israel nos Jogos Olímpicos é motivo de protestos em vários países, e há um movimento pelo banimento do país de Paris 2024.

O presidente francês, Emmanuel Macron, justificou o tratamento diferenciado aplicado à Rússia:

"Há uma situação muito diferente entre Rússia e Israel. Israel foi vítima de um ataque terrorista. Podemos discordar de Israel sobre a maneira como responde e se protege, mas não podemos dizer que Israel é um agressor. Há uma clara diferença".

Macron nem o COI consideram o genocídio palestino uma agressão? Os últimos números indicam que foram assassinados por Israel 37.718 palestinos, sendo 40% deles crianças. Há ainda 86.377 feridos e um número imenso de pessoas desaparecidas sob os destroços de Gaza.

A defesa incondicional do governo de Israel pelo Ocidente traz problemas para os Jogos de Paris 2024. Porque há uma revolta da opinião pública mundial contra o massacre impiedoso cometido por Israel, e sua participação mancha de sangue os Jogos Olímpicos. 

Como promover Jogos que seriam de paz e congraçamento entre as nações com a presença de Israel?


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