Prefeituras do RS boicotam programa do governo Lula e prejudicam população

O Brasil inteiro se comoveu com as terríveis enchentes no Rio Grande do Sul. Imagens de cidades destruídas, famílias que perderam tudo, além das inúmeras mortes, comoveram o país, que acompanhou a tragédia pela TV e participou de campanhas de doação.

A mobilização envolveu o país inteiro. A ajuda chegou de caminhão, carro, helicóptero, avião. Pessoas se deslocaram até de outros estados para trabalhos voluntários. Foram enviados donativos de todos os tipos e mensagens de solidariedade ao povo gaúcho.

O governo federal, entre outras ações, que totalizam mais de R$ 60 bilhões, criou o Auxílio Reconstrução, no valor de R$ 5,1 mil, destinado a todas as famílias que tiveram suas vidas afetadas pelas enchentes.

O funcionamento do programa é simples. A família só precisa se cadastrar na prefeitura, que confirma que sua casa foi afetada e envia o nome para Brasília. O governo federal faz o depósito numa conta da Caixa. 

No entanto, até hoje, moradores de 152 municípios, dos 444 atingidos pela chuva, não viram a cor do dinheiro. O motivo: essas 152 prefeituras não cadastraram ninguém. É um boicote político com vistas às eleições municipais. Não querem que seus cidadãos saibam que receberam o Auxílio do governo Lula.

Só pode ser essa a explicação. Porque não há outra. Nenhuma família nesses municípios que ficaram debaixo de água precisa do Auxílio de R$ 5,1 mil?

— Não é razoável que famílias que já podiam ter recebido sequer tenham sido cadastradas — declarou o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. 

Por isso, o governo federal decidiu prorrogar até o dia 26 de julho o prazo para essas prefeituras  cadastrarem novas famílias. E as outras cadastrarem as que faltam, se for o caso.

Fraudes

Infelizmente, o governo federal está constatando um imenso número de fraudes no cadastramento, o que mostra um trabalho ineficiente das prefeituras — para não suspeitar de coisa pior.

Dos mais de 600 mil pedidos de benefício, quase a metade caiu na malha fina. Os dados constam em um relatório do governo federal que aponta que 150 mil pessoas não moram em áreas que alagaram; 152 mil não tiveram endereço confirmado e 2,7 mil solicitaram o auxílio em mais de uma cidade.

As prefeituras não viram nada disso? Não viram que 150 mil famílias não moram em áreas que alagaram? 152 mil que  não tiveram endereço confirmado? Os prefeitos não conhecem a própria cidade ou o quê? Estão fazendo cadastro político em cima da tragédia? Favorecendo pessoas para trabalharem nas eleições como seus cabos eleitorais?

A família do Rio Grande do Sul que teve sua vida afetada pelas enchentes deve procurar a prefeitura e exigir seu cadastramento. É direito. Cobre de seus prefeitos. Porque muitos parecem estar boicotando o Auxílio Emergencial do governo Lula com motivação política. Mesmo às custas da população, que fica sem o Auxílio a que teria direito.


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