Sai sentença dos Panama Papers, escândalo mundial que envolveu donos da Globo

Caso ficou conhecido, após a Lava Jato chegar à filial brasileira da  Mossack & Fonseca , banca de advocacia de advocacia panamenha conhecida por assessorar traficantes, ditadores, corruptos e sonegadores no ato de esconder dinheiro em paraísos fiscais

No dia 27 de janeiro de 2016, a Operação Lava Jato, através de sua força tarefa, comandada pelo procurador de deus Deltan Dallagnol, botava nas ruas sua 22ªfase, chamada nada sutilmente de Triplo X, numa relação com o famoso "tríplex do Lula" — que nunca foi do Lula nem de ninguém da família do Lula.

Eles pegaram uns papéis em outro apartamento no prédio, que envolvia a Mossack & Fonseca, e comemoraram a descoberta. Achavam que ali estaca o caminho que finalmente os levaria à prova de que o tal tríplex era mesmo do Lula.

Anunciaram a descoberta nos meios de comunicação naquilo que logo se passou a chamar de escândalo dos Panama Papers. Só que... em vez de Lula, eles pescaram um tubarão — uma pessoa da família Marinho, dona da Globo.

Logo no primeiro dia, a Triplo X identificou 40 indivíduos e empresas no Brasil que fizeram negócios com a Mossack & Fonseca.

Ao contrário de outras fases e do padrão de comportamento do juiz Moro, os representantes do escritório panamenho não amargaram longos períodos na cadeia nem tiveram os pedidos de prisões temporárias convertidos em detenções preventivas, cuja suspensão fica a critério da Justiça. Foram soltos em tempo recorde, menos de dez dias após a operação.

Fato é que entre os documentos apreendidos durante a Triplo X aparecem os registros de offshore ligadas a Alexandre Chiapetta de Azevedo. O empresário foi casado até recentemente com Paula Marinho Azevedo, filha de João Roberto Marinho, um dos herdeiros da Globo.

Na lista encontrada na sede da Mossack & Fonseca desponta a Vaincre LLC.

A offshore integra uma complexa estrutura patrimonial: é sócia da Agropecuária Veine Patrimonial, que por sua vez é dona de uma imponente e moderna casa em uma praia exclusiva de Paraty, litoral do Rio de Janeiro, que pertenceria à família Marinho. [Carta Capital, Viomundo]

A família Marinho negou qualquer relação com os fatos apontados, colocando-os todos na conta do ex-marido de Paula Marinho, Alexandre Chiapetta de Azevedo.

Mas, além da família Marinho,  o escândalo da Mossack & Fonseca atingiu em cheio outras pessoas pelo mundo, acusadas de lavagem de dinheiro, entre elas o presidente da Argentina na época e hoje homem que move o marionete Milei, Mauricio Macri.

A especialidade do escritório de advocacia era criar uma empresa num paraíso fiscal, que era ligada a uma outra, esta a outra, assim numa ciranda montada para esconder dinheiro de corrupção, tráfico de drogas e armas e manter longe dos olhos dos governos e da Justiça fortunas conquistadas ilegalmente.

A sentença

Após oito anos do escândalo estourar, finalmente a Justiça se pronunciou sobre o escândalo. 

A juíza Baloísa Marquínez  absolveu 28 réus por  falta de provas  de lavagem de dinheiro relacionada ao extinto escritório de advocacia Mossack & Fonseca, epicentro do escândalo conhecido como  Panama Papers . Recorde-se que em 2016 o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) revelou as identidades de milhares de pessoas ultrarricas que recorreram aos serviços daquele escritório para esconder as suas fortunas, fugir aos impostos e, em muitos casos, esconder a origem ilícita. dos seus recursos. Além de celebridades, foram expostos governantes e autoridades de todo o mundo, como os então líderes da Argentina, do Reino Unido, da Arábia Saudita e da Ucrânia, além de ex-líderes do Iraque, Jordânia, Sudão e outros.[La Jornada]

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