Por que Luciano Huck foi à Ucrânia entrevistar Zelensky? A resposta é inacreditável

Muita gente estranhou quando ontem foi publicada uma pequena entrevista do apresentador Luciano Huck com o presidente da Ucrânia Volodymr Zelensky.

O que estaria fazendo um animador de auditório entrevistando um humorista presidente? Viria por aí mais um reality show, agora tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia?

Por que não foi enviado um jornalista da emissora para realizar a entrevista?

Tudo ficou esclarecido esta manhã, quando o apresentador publicou em seu perfil no Instagram o motivo inacreditável que o levou a viajar à Ucrânia em meio a uma guerra fratricida (Rússia e Ucrânia são nações irmãs), em que já morreram do lado ucraniano 31 mil soldados, segundo Zelensky, ou entre 70 e 120 mil, segundo estimativas dos Estados Unidos.

O apresentador é neto de ucranianos e teria ido ao país "conhecer a terra de meus antepassados". 

Turismo em meio a uma guerra? Não, segundo o próprio apresentador, um documentário para o Globoplay. Business.

Mas quase a viagem do apresentador teve um trágico desfecho. Com aquele tradicional pé frio que já rendeu inúmeros memes nas redes, Huck chegou à Ucrânia na noite em que a Rússia fez o maior ataque ao país nos últimos tempos, com o lançamento de 200 mísseis e drones sobre Kiev, capital da Ucrânia, onde se encontrava.

Huck teve que passar a noite num abrigo antiaéreo.

Em busca do espetáculo, quase que o apresentador foi vítima da dura realidade da guerra.

Nesta segunda, a Ucrânia sofreu o mais duro bombardeio desde o início da invasão russa. Eu estava lá, acomodado em um abrigo antiaéreo na capital, Kiev, enquanto tudo acontecia. Foi uma das madrugadas mais tensas da minha vida. O que me levou até a Ucrânia foi o desejo de conhecer a terra de meus antepassados, ver de perto as barbaridades da guerra e escutar com atenção as pessoas que vivem esse conflito. Poucas horas depois do ataque de mísseis e drones, eu tive o privilégio de conversar com o presidente Volodymyr Zelensky sobre sua vida, liderança, perspectivas de um acordo de paz e a relação com o Brasil. Hoje um trecho dessa entrevista sai no jornal O Globo. A íntegra fará parte de um documentário no Globoplay, em breve.





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