Líder mercenário dos EUA pede US$ 100 mi a Trump e Kamala pela cabeça de Maduro

Na internet ele é apresentado como empresário, criador da Blackwater, que virou Xe Services e hoje é Academi, empresa militar privada, fornecedora de mercenários e equipamentos para guerras. Logo, Erik Prince é um líder mercenário.

Agora, Prince está alimentando a derrubada de Maduro na Venezuela de todas as formas possíveis e pedindo dinheiro para isso.

Em seu perfil na rede X, antigo Twitter, ainda bloqueado no Brasil, Prince divulgou seu preço aos candidatos à presidência dos EUA nesta postagem:

 


 

Indica até que o governo dos EUA poderia usar dinheiro confiscado da Venezuela para financiar os US$ 100 milhões que seriam necessários para a derrubada de Maduro.

Erik Prince não está satisfeito com a recompensa oferecida pelo governo dos Estados Unidos, desde março de 2020, ainda no governo Trump, de US$ 15 milhões por Maduro.

 


Que os Estados Unidos ponham a prêmio a cabeça do presidente de um país e alguns de seus principais assessores já é um absurdo. Como eles esperam que isso seja feito, a não ser de forma ilegal, com mercenários sequestrando Maduro na Venezuela e levando-o aos Estados Unidos? Ou pode ser como aconteceu com Bin Laden, executado por US$ 25 milhões, apenas US$ 10 milhões a mais do que o ofertado pela cabeça do presidente da Venezuela Nicolás Maduro.

Ainda assim Erik Prince acha pouco. Ele quer quatro vezes a quantia oferecida por Bin Laden.

E não está parado esperando o resultado das eleições. Prince está por trás do site Ya Qasi Venezuela, que chegou a marcar dia e hora para um golpe contra Maduro: 19 de setembro, 20h na Venezuela. Que, como sabemos, não aconteceu.

Mas o site está no ar, com perfil no Instagram e no TikTok, pedindo doações para derrubar Maduro. Um dos mais assíduos por lá é Prince.

Aqui Prince aparece comemorando mais de US$ 1 milhão de dólares arrecadados, mas pede mais para o golpe. Repare no detalhe dos tiros ao fundo para dar a impressão de estar falando de um campo de treinamento.
 

Aqui, numa entrevista a uma emissora de rádio na Colômbia, Prince reforça que tem uma equipe altamente preparada, com alta tecnologia e diz que o regime de Maduro é uma árvore podre não tão difícil de derrubar.

Em outro trecho da entrevista à estação colombiana. Prince diz que não vai dar detalhes de sua ação, mas que ela é legalizada pela autorização dos Estados Unidos para a captura de Maduro. Diz ainda que há muito membros das forças de Maduro que já o procuraram (milhares e milhares, segundo diz) querendo derrubar o presidente.

No entanto, o anúncio de um crime — a prisão ou execução de Nicolás Maduro — e de um consequente golpe de Estado na Venezuela são naturalizados pela mídia Ocidental, que centra seus ataques no presidente venezuelano a quem chamam de ditador.

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