As Forças Armadas de Israel ocuparam violentamente a redação da Al Jazeera neste domingo na Cisjordânia.
A ocupação viola o Tratado de Oslo que considera a Cisjordânia zona A, sob controle da Autoridade Palestina e não do Hamas, o que mostra que as agressões e o genocídio cometidos por Israel não são direcionados ao Hamas mas aos palestinos em geral, sob Hamas ou a Autoridade Palestina.
Na invasão, soldados usaram de violência e confiscaram material da emissora que, segundo informaram, vai permanecer fechada durante 45 dias, por determinação do governo de Israel.
Uma das primeiras atitudes dos soldados ao invadirem a redação foi rasgar um cartaz com imagem da jornalista Shireen Abu Akleh, que trabalhava na emissora e foi assassinada por Israel.
Em maio passado, o parlamento de Israel aprovou uma lei que ficou conhecida como a “lei Al Jazeera” e que permite ao governo fechar por 45 dias qualquer meio de comunicação social estrangeiro que seja considerado uma ameaça ao estado. A ordem foi executada a 5 de maio no estúdio da estação em Israel e tem sido renovada desde então. Mas no caso deste domingo, ela não se aplica porque o estúdio está em território palestino administrado pela Autoridade Palestina.
Uma das primeiras coisas que o governo sionista procurou assegurar no genocídio em Gaza foi evitar que os seus crimes de guerra ficassem documentados em imagens. Para isso impediu a entrada de jornalistas na Faixa de Gaza desde o início dos bombardeios, ao mesmo tempo tornando os jornalistas que já lá se encontravam alvos das suas bombas. [Al Jazeera]
Segundo o Sindicato de Jornalistas Palestinos, 173 jornalistas foram mortos por Israel desde o 7 de outubro de 2023.
Já são mais de 40 mil palestinos assassinados por Israel, sendo 16 mil crianças.
Imagens da invasão: