As chuvas fortes que caíram em boa parte do estado de São Paulo na tarde desta sexta-feira (3) deixaram ao menos seis mortes no estado, segundo levantamento da Defesa Civil.
Vários bairros da capital paulista e de cidades de Região Metropolitana continuam sem energia elétrica, mais de 17 horas depois do temporal, em virtude das quedas de árvores sobre a fiação elétrica e postes.
A notícia parece de agora, mas é de novembro do ano passado. Naquela época, como agora, bairros inteiros, famílias inteiras ficaram sem luz por até uma semana.
O prefeito Ricardo Nunes teve onze meses para evitar que os problemas decorrentes das fortes chuvas se repetissem. Mas nada fez.
Por isso hoje, na cidade de São Paulo, cinco dias após a tempestade, ainda há 150 mil famílias sem luz em casa.
O prefeito culpa o vento, os galhos das árvores, a Enel. Mas o principal culpado é ele, Nunes, que não pode controlar o vento, mas pode podar as árvores, retirar as que ameaçam desabar e cobrar da Enel suas responsabilidades, mas ficou parado um ano inteiro, nada fez.
Diz que a culpa é da Enel, porque precisa da ajuda dela para podar árvores entrelaçadas com fios de energia elétrica. Onze meses não são suficientes para isso?
A única atitude do prefeito foi copiar o padrão do prefeito de Porto Alegre e do governador do Rio Grande do Sul, Sebastião Melo e Eduardo Leite, e fazer cosplay de Zelensky, posando com colete da Defesa Civil, como Zelensky usa uniforme de combate, sem dar um único tiro e sem pisar nos campos de batalha.
Esta declaração de Nunes nas redes sociais é do ano passado, mas poderia também ser deste ano. Ele iria constituir "novo grupo de trabalho", que é a segundo resolução do gestor incompetente, logo após o colete da Defesa Civil.
Só que estamos em ano de eleição, então Nunes "radicalizou". Disse que vai processar a Enel. A Enel que ele diz que não permite que ele pode árvores há um ano...
Sorte de Nunes é que a mídia camarada o apoia e endossa o coro contra a Enel, que é tão responsável quanto Nunes.
A expectativa é que ele se reeleja e não se esqueça de seus camaradas, que inclusive, como a Folha, já fizeram campanha publicitária para ele travestida de reportagem.
Se Nunes for reeleito, o paulistano já pode comprar as velas para o final do ano que vem, porque são comuns tempestades nessa época do ano e podar árvores não é coisa que dê para fazer com "contrato emergencial", sem licitação, como é do gosto de Nunes.
Há três anos no cargo, ele parece que só acordou para o fato de que é prefeito da cidade no ano de eleição e saiu fazendo contrato emergencial e sem licitação. Aquele por carta convite.
Por que será?
Serviço: O pacote com 10 velas de 7 dias (tempo normal dos apagões de Nunes) está em torno de R$ 70 na web.