O padre Julio Lancellotti e entidades de Direitos Humanos fizeram na manhã deste domingo uma missa em homenagem ao menino Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, morto durante confronto policial em Santos, no litoral de São Paulo, na terça (5). O menino estava brincando na calçada quando foi atingido no abdômen.
Na missa celebrada pelo padre Júlio, ele lembrou do sofrimento de todos as famílias que perdem seus filhos nas periferias do estado de SP por balas perdidas.
Assassinado a terça-feira (5) em meio a mais uma ação desastrosa da polícia militar paulista quando brincava em frente à casa da prima no Morro São Bento, em Santos, o pequeno Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, relatava insistentemente à mãe, Beatriz da Silva Rosa, um anseio em relação ao pai.
Mesmo de muletas, por uma deficiênci a nas pernas, Leonel Andrade Santos, de 36 anos, pai de Ryan, foi fuzilado por PMs do Comando de Operações Especiais (COE) em fevereiro deste ano.
Depois de baleado, Ryan chegou a ser levada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda nesta terça.
Siga-me no Twitter @blogdomello
Na missa celebrada pelo padre Júlio, ele lembrou do sofrimento de todos as famílias que perdem seus filhos nas periferias do estado de SP por balas perdidas.
“A bala perdida sempre pega nos pobres e nos negros. Sempre pega nos periféricos. Parece que a bala perdida é programada, que tem um radar onde ela tem que ir. E essa forma de viver não é o que Deus quer para os seus filhos”, afirmou o padre.
O menino morto
Assassinado a terça-feira (5) em meio a mais uma ação desastrosa da polícia militar paulista quando brincava em frente à casa da prima no Morro São Bento, em Santos, o pequeno Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, relatava insistentemente à mãe, Beatriz da Silva Rosa, um anseio em relação ao pai.
Mesmo de muletas, por uma deficiênci
Depois de baleado, Ryan chegou a ser levada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda nesta terça.
Intimidação no velório e sepultamento
O enterro, na manhã de quinta (7), foi marcado pela intimidação de agentes da Polícia Militar (PM), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Durante vários momentos, do velório ao sepultamento, policiais da corporação estiveram presentes nos arredores da cerimônia. Uma viatura, inclusive, impediu a passagem dos familiares e amigos durante o cortejo do corpo pelo Morro São Bento, onde aconteceu o assassinato.
Silêncio de Tarcísio
O governador Tarcísio de Freitas ainda não se pronunciou sobre o assassinato do menino Ryan. No entanto, pelos elogios que fez ao secretário de Segurança aprovou a operação que levou à morte da criança.
Dois dias após o crime, Tarcísio elogiou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite:
"Você tem se saído muito bem e se tornado uma referência para todo o Brasil", declarou. Ele também disse que Derrite “tem feito um trabalho revolucionário”, do qual se orgulha.