Trump taxa e ataca México e leva invertida histórica da presidenta Sheinbaum

Machista, misógino, condenado por pagar pelo silêncio de uma atriz com quem havia mantido relações sexuais, por ser uma atriz pornô, o presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump anunciou que vai taxar produtos de alguns países, entre os quais seu vizinho México.

Mas não ficou nisso. Disse que taxaria o México  e "esta tarifa permanecerá em vigor até que as drogas, em particular o fentanil, e todos os imigrantes ilegais parem esta invasão do nosso país". 

A presidenta do México Cláudia Sheinbaum respondeu às ameaças de Trump lembrando ao presidente eleito dos EUA a lei da reciprocidade. E mais, que há empresas dos Estados Unidos que produzem seus produtos no México e serão prejudicadas pela medida.

 "A General Motors, a Stellantis e a Ford Motors Company vieram para o México há 80 anos. Por que impor um imposto que as colocaria em risco? Isso causaria inflação e perda de empregos nos Estados Unidos e no México. Tarifa após tarifa levaria a uma perda de competitividade, o que queremos é complementar um ao outro", disse Sheinbaum.
Com relação aos migrantes, Sheinbaum insistiu, como fez na recente cúpula econômica do G20 no Rio de Janeiro, que sua política será abordar as causas da migração, razão pela qual ela pediu que se dedicasse uma porcentagem do que é gasto em guerras para atender às necessidades dos países pobres. 

"Respeitamos Trump, porque os americanos o elegeram, e também pedimos respeito e que encontremos causas comuns", disse a presidenta a repórteres.

Quanto à questão das drogas, a presidenta Sheinbaum deu uma invertida história em Trump numa carta que lhe enviou:

"Você deve estar ciente", diz ela a Trump na carta, "que 70% das armas ilegais apreendidas de criminosos no México vêm de seu país. As armas não são produzidas por nós, as drogas sintéticas não são consumidas por nós. Mas as mortes causadas pelo crime para responder à demanda por drogas em seu país, infelizmente, são nossas". 

E o texto acrescenta: 

"Presidente Trump, não é com ameaças ou tarifas que o fenômeno da migração ou o consumo de drogas nos Estados Unidos serão abordados. Isso requer cooperação e compreensão recíprocas".
Co informações do El País.

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