Quem quis taxar PIX foi Guedes no governo Bolsonaro, mas só 'depois das eleições'

"Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é", frase falsamente atribuída a Lenin, mas na verdade autoexplicativa para os métodos da extrema direita, novamente se mostra verdadeira com a falsa acusação pelos bolsonaristas de que o ministro Haddad iria taxar as operações em PIX.

O governo Lula está gastando papel e mídia para desmentir a notícia que não tem nenhuma base na realidade. Inclusive a fake news bolsonarista já está sendo utilizada por espertalhões em golpes pela internet.

No entanto, quem iria taxar o PIX seria o governo Bolsonaro, conforme anunciou seu ministro Paulo Guedes numa conferência em inglês do Banco Bradesco.

 


Repare no destaque em amarelo a data da publicação da Folha: 19 de novembro de 2020, em pleno governo Bolsonaro.

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta quinta-feira (19) que pretende voltar a falar sobre a criação de um imposto sobre transações após o período eleitoral.

Ele afirmou que o plano para o tributo inclui a taxação do envio de recursos por meio do Pix, novo sistema de transferências e pagamentos instantâneos.

Em videoconferência promovida pelo banco Bradesco, com apresentação em inglês, o ministro comparou as transações digitais a uma rodovia com pedágios. Para ele, as operações deveriam ser cobradas, com alíquotas baixas, que poderiam ser de 0,10% ou 0,15%.

Reportagem da Band à época confirma a informação, inclusive dá o motivo pela taxação não ter sido adotada na época: Guedes queria esperar as eleições "para não dar munição aos opositores do governo".

 


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