Parece plot daqueles filmes de catástrofe. Ou de super-herói — no caso, super-vilões. Mas não se trata de um filme, mas de história real. Alguns dos maiores bilionários do mundo realmente tomaram o poder nos Estados Unidos e usam o presidente Donald Trump como o mercado e os militares usaram Bolsonaro durante seus quatro anos de desgoverno: como um bobo da corte ou boneco-de-posto do mal.
Os bilionários: Elon Musk (mais diretamente), Jeff Bezos (da Amazon) e mais Mark Zuckerberg (Meta, isto é: Facebook, WhatsApp, Instagram), Larry Page e Sergey Brin (Google), Bill Gates, que não está entre os 10 maiores bilionários, mas aderiu à mesma agenda dos anteriores de retirada de direitos das minorias — que somos nós, a imensa maioria, pois somos todos não bilionários como eles.
Elon Musk deu a partida ao comprar a reeleição de Trump, injetando mais de um bilhão de dólares em sua campanha, além de botar sua rede X, que tem mais de 100 milhões de usuários nos EUA, em favor da campanha, disparando centenas de milhões de mensagens com ataques à candidata adversária Kamala Harris.
Elon Musk conseguiu um super cargo na administração Trump, onde ele decide o que e quem é supérfluo ou não. Agora os bilionários estão com a faca e o queijo nas mãos.
O estado está sendo desmontado em favor das demandas dos bilionários e Trump se submete inclusive a receber um cala boca público do filho pequeno de Musk, de 4 anos, enquanto pai anunciava as medidas do governo sob olhar aparvalhado de Trump.
A população estadunidense está atônita (como o próprio Trump parece estar), enquanto o resto do mundo tenta se articular, mais ou menos sem acreditar que o que está acontecendo é real e não um filme, como o sentimento que tivemos quando das explosões das Torres Gêmeas em Nova York, em setembro de 2001.
Que mundo vai sair daí é coisa que só saberemos nas próximas cenas. Não se sabe se de um filme de horror apenas ou cinema catástrofe.
O mundo vai assistir sem ração à destruição de todos os nossos direitos? Ou haverá reação?
São perguntas que o tempo vai responder, enquanto nós decidimos se vamos reagir ou seremos apenas plateia, sem ar condicionado nem pipoca.
Recado do autor: Tenho um pequeno romance chamado "Ela", em que há um grupo de guerrilheiros que tem como meta o assassinato de todos os bilionários do mundo (o que vão realizando ao longo da história) e com quem Ela, a personagem principal, está envolvida. Quer saber mais?